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A mulher do ano 2000

A mulher dos anos 2000 é a mulher que conquistou um novo papel social: além de mãe, esposa, responsável pelo lar, ela atualmente é ativa profissionalmente.

Entrevista cedida pela psicóloga Patricia Dancieri Martinelli CRP 06/85275 para Revista Ideias Polishop!

1. Qual é o perfil da mulher dos anos 2000?

Psicóloga: A mulher dos anos 2000 é a mulher que conquistou um novo papel social: além de mãe, esposa, responsável pelo lar, ela atualmente é ativa profissionalmente. Essa entrada da mulher no mercado de trabalho e consequente independência financeira provoca muitas vezes conflitos e uma dificuldade de encontrar o equilíbrio ideal entre todos esses papéis.

Psicologo para atender mulher2. Existe algum segredo para trabalhar e ser uma mãe feliz?

Psicóloga:Acredito que a mulher precisa conseguir separar bem as funções que ela desempenha e tentar evitar ao máximo o cruzamento desses papéis. Assim, ela deve deixar os problemas do trabalho no trabalho para poder chegar em casa e curtir a família e aproveitar esses momentos com qualidade. Além disso, com tantas funções, a mulher tem que aprender a delegar e abrir mão do controle outrora estabelecido. Para isso, ela necessita de uma habilidade para saber escolher em quem confiar algumas tarefas.

Ela precisa saber dizer não, mesmo que isso possa frustrar o outro, pois ela muitas vezes não vai poder estar disponível do jeito que o outro quer, ou como costumava estar antes da entrada no mercado de trabalho.

A mulher deve ainda se policiar pois, muitas vezes, mães pela primeira vez só falam sobre os filhos, os cuidados com eles, cada conquista da criança e, com isso, podem se tornar desinteressantes para os colegas de trabalho e até passar uma certa falta de profissionalismo, dependendo do caso..

3. Como estabelecer prioridades?

Psicóloga: Uma boa forma de estabelecer prioridades é a mulher se questionar qual é o seu sonho, pois a partir daí ela consegue discriminar suas ações para atingir o objetivo planejado.

4. Se a culpa for um problema, como lidar com ela?

Psicóloga: Muitas vezes a culpa vem do fato da mulher achar que deveria passar mais tempo com os filhos do que de fato consegue. Para lidar com isso, é importante que a mulher entenda que, quanto mais grudada ela ficar com o filho, menos oportunidade ela dá para que ele fique bem de outras maneiras, com outras pessoas, ou seja, encontre outros recursos para lidar com a situação.

Essa culpa está ligada a uma concepção social de que a criança só é capaz de ficar bem na presença da mãe.

No entanto, em alguns casos, essa culpa se torna tão insuportável que seria interessante buscar a ajuda de um terapeuta.

5. Como recompensar o tempo perdido com os filhos e com o marido?

Psicóloga: Uma boa maneira de recompensar esse tempo é priorizando a qualidade do tempo compartilhado com a família ao invés da quantidade. Assim, nesses momentos, a mulher deve tentar estar o mais inteira possível, deixando coisas de trabalho de lado, desligando o celular, o computador, para conseguir estar de fato com a família e desfrutar de um momento de qualidade.

Outra coisa importante é não compensar o tempo que não passou junto fazendo tudo o que o outro quer (seja suprindo com muitas coisas materiais ou sendo muito permissiva e não colocando limites).

6. Como lidar com uma reação negativa ou exigências de atenção, por parte do marido ou dos filhos?

Psicóloga: A mulher precisa mostrar para o outro, seja filho ou marido, que para estar bem com eles ela precisa estar bem consigo própria e isso muitas vezes envolve estar bem sucedida no seu trabalho, ter tempo para cuidar de si (o que pode envolver a prática de uma atividade física, de um hobby, um momento mais introspectivo). Assim, estando melhor consigo própria ela consegue estar melhor, mais interessante e mais disponível para o outro. É importante que a mulher consiga mostrar essa relação para os filhos e marido.

7. E a família, o que deve fazer em situações em que a mãe trabalha e passa o dia todo fora de casa?

Psicóloga: A família não deve jamais julgar a mãe na frente da criança, pois isso a desautoriza. Além disso, é muito importante que os familiares, na ausência da mãe, ajam de forma consistente com as regras e combinados estabelecidos pela mãe, para não haver incoerências e distinções de ideias, regras e valores.

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8. Qual é a importância do papel masculino (em relação ao relacionamento a dois), nessa etapa de novas responsabilidades para a mulher?

Psicóloga: O homem deve tentar ajudar o máximo possível nos cuidados com a casa e com os filhos, colaborando e tentando aliviar um pouco a sobrecarga da mulher. Além disso, ele precisa entender que mulheres realizadas, seja com trabalho fora de casa ou não, estão mais inteiras para o relacionamento a dois e tendem a cobrar menos injustamente dos filhos, pois aquelas que se doam muito, muitas vezes tendem a cobrar isso mais tarde de alguma forma.

9. Mães realizadas possuem, realmente, filhos felizes?

Psicóloga: Essa relação é verdadeira na maioria dos casos pelas questões citadas anteriormente. Quanto mais realizada em todos os âmbitos da vida a mulher estiver, mais inteira e disponível ela vai conseguir estar, propiciando um ambiente de maior qualidade para o crescimento e desenvolvimento do filho.

10. Se possível, deixe um conselho para as mulheres que desempenham diversas funções ao mesmo tempo.

Psicóloga: É possível sim equilibrar todas as funções de forma eficaz, desde que a mulher aprenda a delegar tarefas, consiga dizer não, e tenha a consciência de que ela consegue conciliar todos esses papéis, mas que possivelmente não vai ser 100% em tudo.

Veículo: Revista Ideias Polishop!

Edição: Abril/Maio Edição 03 – 2012

Editoria: Qualidade de vida

Texto: Ana Carolina Caires

Vaidade masculinaEntrevista cedida para o Jornal da APCD sobre:

Vaidade Masculina - O Homem do ano 2000

1) Por que os homens estão ficando cada vez mais vaidosos? A sociedade está deixando de ser machista?

Psicologo: Graças à Deus, sim a sociedade está ficando menos machista se bem que num ritmo mais lento do que poderia ser. Infelizmente isso não impede de haver um colega aqui, outro parente lá que adora colocar em evidencia negativa aquele que caprichou um pouco mais no visual. Os homens sempre foram vaidosos mas não podiam expressar a vaidade em seu próprio corpo, então compensavam deixando seus carros lindos cheios de acessórios. Hoje os carros estão menos “emperequetados” com menos adesivos, menos faróis e rodas excêntricas mas seus cabelos estão com mais condicionadores, os lojas de roupas masculinas oferecem mais opções de detalhes mesmo nas clássicas camisas.

O interessante é que muitas vezes as mulheres são mais machistas que os homens, elas mesmas não perdoam o homem vaidoso considerando-o menos másculo do que o fortão com furo na camiseta.

2) Assim como acontece entre as mulheres, a vaidade tem despertado comportamento excessivos nos homens?

Psicologo: O comportamento excessivo tem origem na personalidade da pessoa. Se ela tiver uma tendência compulsiva irá exagerar em alguma coisa, como os homens estão se dando o direito de serem vaidosos irão também expressar compulsividade caso tenha essa tendência como por exemplo, a compra de muito mais produtos de beleza do que seria possível usar, fazer plástica até o efeito ser o inverso do pretendido até com deformações impossíveis de serem revertidas, etc.

3) Como tomar cuidado para que a preocupação estética não vire uma obsessão?

Psicologo: Tendo muita consciência de que há um limite na mudança da própria aparência.

Aceitando as pequenas imperfeições até como um charme e identidade pessoal – Dá para imaginar a Marilym Monroe com aquela pinta no rosto?

Tratando as ansiedades e depressões de forma correta para não permitir que a ideia de melhorar a aparência o engane achando que melhorará a vida como um todo. Como uma paciente minha disse uma vez: “Coloquei silicone para melhorar a depressão, mas a única coisa que consegui foi me tornar uma depressiva com peito bonito”.

4) Ainda existe muito preconceito contra os metrossexuais? Como lidar com isso?

Psicologo: Está melhorando mas ainda tem sim. A melhor forma de lidar com o preconceito é ter muita certeza de que não há nada de errado em ser cuidadoso com a aparência. O que na realidade todos são, mesmo os mais machões se preocupam loucamente em evitar camisa cor de rosa, ou de usar um creme para evitar feridas na pele ressecada – coisa que seria necessidade e não vaidade - se fossem tão seguros assim nem ligariam.

As pessoas morrem de medo considerando que um metrossexual é um homossexual a caminho da transformação. Mentira. Mesmo porque ninguém se transforma em homossexual, esta é uma condição da própria pessoa e nasceu com ela – ninguém passará a ser gay porque está usando mais perfume ou combinando a calça com a camisa.

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5) Como que a vaidade pode ajudar os homens no mercado de trabalho?

Psicologo: Já dizia uma antiga campanha publicitária “O mundo trata melhor quem se veste bem”. É uma verdade. Se você se vestir como uma pessoa bem sucedida será tratada como bem sucedida e terá mais oportunidades para ser bem sucedida. Já vi muita gente competente perdendo oportunidades porque se apresentava como um estagiário recém saído do recreio do colégio.

Não dá para negar , é muito mais agradável estar ao lado de alguém bem arrumado. Só não pode-se esquecer de ser bonito nas atitudes também. Ou seja, ser educado e gentil. Arrogância pode afastar mais do que feiura.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.