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Terapias para Alcoolismo

Para falarmos de ajuda é preciso que se reconheça o problema do alcoolismo em primeiro lugar. Por conta do preconceito social em torno dessa doença, como se fosse um traço de caráter e fraqueza moral, a pessoa pode deixar de buscar ajuda e pode entrar num círculo vicioso onde a ingestão do álcool se converte na única ação possível.

Para falarmos de ajuda é preciso que se reconheça o problema do alcoolismo em primeiro lugar. Por conta do preconceito social em torno dessa doença, como se fosse um traço de caráter e fraqueza moral, a pessoa pode deixar de buscar ajuda e pode entrar num círculo vicioso onde a ingestão do álcool se converte na única ação possível.
Um modelo de sucesso no tratamento do alcoolismo é a terapia cognitiva, caracterizada por ser uma abordagem psicoterapêutica ativa, colaborativa e focada que busca compreender os transtornos psicológicos a partir de erros de pensamentos, tendo como premissa que a forma como o indivíduo se sente e se comporta é amplamente influenciada pela forma como ele interpreta as experiências vivenciadas.¹


Por volta da década de 60, Bandura² desenvolve a Teoria do Aprendizado Social propondo um determinismo recíproco entre a cognição e comportamento. Através disto, o conceito é retomado em 1979, em que o enfrentamento de situações estressantes por meio de mudança no comportamento disfuncional era utilizado no tratamento de pacientes deprimidos. O uso de bebida alcoólica, ou de outras drogas psicotrópicas, foi então explicado como um comportamento aprendido, e por isso, passível de mudança.
O alcoolista, apesar das consequências físicas e psicossociais que enfrenta com a degradação resultante do consumo excessivo e continuado, pode apresentar algumas dificuldades em manter o tratamento, abandonando-o, e voltando a consumir a bebida alcoólica.³



Outra perspectiva terapêutica é a psicoterapia de base fenomenológica. Considerando que o olhar fenomenológico é uma perspectiva que considera a amplitude e complexidade da existência humana e a maneira como o indivíduo se comporta no mundo, ela se preocupa em contribuir para que a pessoa cada vez mais se perceba como algo além de um corpo físico muitas vezes já dependente, e que é possível a existência de melhoria diante das dificuldades.4
Considerando-se o alcoolismo e suas dificuldades, a ótica fenomenológica existencial atua frente a esses pacientes, com o intuito de reestruturar a busca de crescimento e a amplitude de possibilidades diante da situação de risco, possibilitando o resgate de conceitos de autonomia, liberdade, percepção de forma saudável para o sujeito, para que o mesmo perceba os problemas e consiga enfrentá-los.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 GUMIER, Andressa Bianchi. Terapia por internet para dependentes de álcool: desenvolvimento de um protocolo de pesquisa e intervenção. Dissertação. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2015.
2 Bandura, A. Social learning theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall. 1977.
3 Edwards G, & Dare C. Psicoterapia e tratamento das adições. In: Falkowski, W. Terapia de Grupo e as Adições. 1a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
4 Barbosa, M. D. Um olhar clínico diante do alcoolista: a fenomenologia existencial e suas contribuições. REVISTA SÍTIO NOVO, 1, 158-167 – 2017.

 

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.