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O que você precisa saber sobre alienação parental

A alienação parental não é um fenômeno, mas ganhou visibilidade nas últimas décadas.

A alienação parental não é um fenômeno, mas ganhou visibilidade nas últimas décadas.

A criança sofre os efeitos psicológicos da alienação parental e tem sua vida impactada por um conflito exterior.

A lei brasileira No. 12.318/2010 – Lei de Alienação Parental aponta que a alienação parental só pode ser confirmada na ação judicial mediante perícia, daí a importância do Psicólogo Judiciário.

Nas alegações de alienação parental são comuns: a desqualificação do genitor alienado, e a criação de falsas memórias na criança, por exemplo, fazendo a criança acreditar que foi rejeitada, sofreu maus-tratos ou violência sexual e dificultar e/ou impedir o contato dela com o genitor alienado.

Atualmente os padrões familiares têm mudado bruscamente e, visando esta compreensão, a psicologia, a psicanálise e o direito da família são ciências que se aprimoram de estudos sobre a temática.¹

É comum os casais terem dificuldades, após um processo de divórcio, em separar a conjugalidade da parentalidade, pois o envolvimento emocional do casal necessita ser redefinido e transformado em uma ligação parental, e este processo traz questões do vínculo que uniu o casal.²

Questões como o desejo que os transformou em um casal, se os filhos foram ou não fruto de uma escolha mútua, se a separação foi conflituosa ou não consensual e/ou se um dos ex-cônjuges ainda tem forte vínculo afetivo-sexual pelo outro, é muito provável que haja um afastamento parental ou um exercício coparental problemático.²

Há um gradiente utilizado para se medir a gravidade da alienação parental. Nos casos leves, a criança tem como principal objetivo apoiar o genitor guardião no processo judicial e manter forte vinculação com ele.²

Nos casos moderados, geralmente a maioria dos sintomas se apresentam.²

Já nos casos severos, além de se apresentarem todos ou a maioria dos sintomas, a criança ainda cria uma relação patológica com o genitor alienador, criando fantasias paranoides. Elas chegam a destruir os objetos do genitor alienado.²

A alienação parental é tema de disputa judicial e tem envolvimento de um(a) perito(a) psicólogo(a) para realizar o diagnóstico e apresentar um laudo técnico ao(a) juiz(a).

Desse modo, as raízes da alienação parental estão na própria dinâmica do casal, da família. Conteúdos às vezes imperceptíveis no cotidiano podem causar danos a todos os envolvidos se não forem encarados e elaborados de uma maneira saudável.

Tais dificuldades silenciosas podem encontrar um apoio na clínica psicológica antes de chegarem ao tribunal.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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Referências:

Andrade AOR. Impacto emocional da Síndrome da Alienação Parental na criança: uma revisão da literatura. [Monografia] Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2015.

1 ROUDINESCO, E. A família em desordem. Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro. 2003.

2 FRITAG DOS SANTOS, Adriana; PEREZ GONÇALVES DE MOURA, Eliana. Alienação parental: avaliação psicológica e entendimento dinâmico / Alienación parental: evaluación psicológica y comprensión dinámica. Praxis, [S.l.], n. 26, p. 49-70, may 2017. ISSN 0718-2201.

 

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Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.