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Distração

A distração aparece porque algum assunto interno ou externo está chamando mais a atenção e pode se tornar incontrolável voltar o foco para onde pretendia inicialmente.

 Entrevista cedida a Flávio Carneiro Repórter - Editora MOL

Psicologo para tratar distração tdahVivendo no Mundo da lua

- Por que nos distraímos?

Psicólogo: A distração aparece porque algum assunto interno ou externo está chamando mais a atenção e pode se tornar incontrolável voltar o foco para onde pretendia inicialmente. Quando uma pessoa identifica algum estímulo considerado o muito bom, ou muito ruim, esse estímulo terá um foco mais forte do que, por exemplo, a aula que você deveria estar assistindo, ás solicitações do cliente a sua frente ou ás informações que seu chefe estaria dando naquele momento.

As pessoas podem entender que distrair significa não pensar em nada, mas o que acontece é que algumas voltamos nossa mente para conteúdos internos, algumas vezes prazerosos como lembranças referentes ao namorado, outras vezes são as preocupações que tiram nosso foco no que está acontecendo a nossa volta dando a impressão de que a pessoa não está pensando em nada.

Distrair significa que não estamos com a atenção voltada para o que seria importante naquele momento. Quando falamos que a pessoa está com a “cabeça no mundo da lua” não significa que ela não está pensando em nada, significa que ela não está pensando em nada que gostaríamos que pensasse.

- O que impede que consigamos nos focar em uma determinada tarefa?

Psicólogo: Tudo o que for considerado muito interessante ou importante poderá impedir de focar em outros pontos. Tanto pode ser coisas positivas como negativas. A festa para qual você foi convidado pode ser muito interessante, mas a dívida do cartão de crédito também será de seu interesse. Note que o que uma pessoa considera interessante pode ser questionado por outro, por exemplo, há quem se distraia da aula quando passa uma mosquinha na sala, alguns podem considerar que a aula seria muito mais interessante ou importante mas cada pessoa tem seu critério de importância.

- Porque erramos com a distração?

Psicólogo: Erramos porque nosso cérebro simplesmente não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo. Alunos criticam os professores por não permitir que se use o celular, nem para mensagem de texto, durante a aula pois garantem que conseguem prestar atenção no professor e em suas mensagens. Mas sabemos que a qualidade de raciocínio cai drasticamente. Eles alunos gostam de pensar que conseguem, assim como alguns gostam de pensar que conseguem falar ao celular e continuar sendo ótimos motoristas, mas é só estar ao lado de um destes “faladores ao celular no transito” para perceber o que ocorre.

- De que forma esses erros auxiliam no aprendizado ao longo da vida?

Psicólogo: Cada erro nos dá a informação do que não fazer na próxima vez. Mas acredito que as pessoas aprendem se estiverem dispostas à isso. Se alguém insiste que “não tem o menor problema que o cliente vá embora só porque estava distraído e não percebeu que ele queria alguma coisa”, talvez não haja motivação para aprender.

- Errar por distração é um processo natural? Por que?

Psicólogo: Creio que pode fazer parte do ser humano, mas que também pode ser combatido. Creio ser mais produtivo nos entregar as distrações quando não houver prejuizos como por exemplo alguém esperando por nós e nem estivermos perdendo emprego e aulas devido à distração.

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- A distração pode ser produtiva?

Psicólogo: Poderá ser produtiva quando separar tempo para ela, ou seja, não prejudicará nada nem ninguém. A entrega á distração, aos pensamentos “flutuantes” pode ser um excelente combustível da criatividade. Deixar seus pensamentos irem longe, sem censuras pode ser tanto delicioso como produtivo. São estes momentos que podem dar luz a grandes idéias e projetos inovadores.

- Como podemos evitar ou diminuir esses erros? Existem hábitos que auxiliam a concentração?

Psicólogo: Algumas vezes a auto instrução pode ajudar: Diga a si mesmo, em voz alta se possível, no que você deve focar naquele momento. Algo do tipo “Joãozinho olhe para o professor lá na frente e observe tudo o que ele está dizendo e fazendo”. Creio que nosso cérebro não só aceita, mas precisa de instruções.

Se não for possível dar o comando em voz alta, faça para si mesmo. Por exemplo, alguns não conseguem ler este texto até o fim sem ter que voltar algumas vezes, pois se distraíram e não sabem mais o que estão lendo, então você dirá a você mesmo: “Fique com seus olhos e mente sobre este texto, é bem importante você aprender mais sobre você mesmo, você pode aprender coisas que poderá mudar sua vida”.

Quando a distração causar muitos prejuízos pode ser interessante investigar a possibilidade de TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção de Hiperatividade

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.