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Divórcio Litigioso? Entenda como a terapia pode ajudar a solucionar o conflito!

Um relacionamento íntimo pode trazer muita satisfação como também oferecer muitos desafios. O divórcio litigioso é uma das faces mais complicadas e belicosas do convívio de casais. A psicologia pode ajudar a superar um relacionamento ruim ou ajudar na reparação de um romance que ainda faz sentido.

A psicologia encara a separação de um casal como um momento de crise, em que sentimentos como tristeza, ansiedade e mudanças de humor, podem afetar o casal envolvido nesse processo.

Os casais muitas vezes recorrem ao processo judicial em busca de um terceiro que os auxilie a resolver seus conflitos, sendo o judiciário entendido muitas vezes como o último canal de conversação possível entre as pessoas.

Comunicação desgastada, falta de interesse no(a) parceiro(a) e outros motivos podem trazer o fim de um casamento, um namoro ou outro relacionamento íntimo.

A psicologia pode auxiliar na reconstrução de laços entre casais, assim como apoiar a superação de uma história afetiva que chegou ao seu fim.

Quando o relacionamento chega num ponto de ruptura ele traz sentimentos de luto e reações como negação e barganha com a realidade entre outras, que são entendidas como fases, passos rumo a aceitação do fim do relacionamento e que podem ser trabalhadas em psicoterapia.

Ao invés de olhar para fora em busca de uma solução, a psicologia oferece outra via, a da reflexão interior e autoconhecimento: para decidir e atuar com maior solidez no relacionamento com o(a) parceiro(a) e na própria vida.

psicologos em sp

O divórcio litigioso

Divórcio litigioso judicial

Juridicamente o divórcio é o rompimento do casamento por vontade de uma ou das duas partes.

O casamento, segundo o disposto no artigo 1511 do Código Civil brasileiro, “estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”.

Quando o divórcio não é consensual, se torna litigioso e as partes então levam suas demandas para o(a) magistrado(a) decidir sobre questões como guarda dos filhos, alimentos, direito de visita, e partilha de bens.

Durante um divórcio consensual pode haver vários encontros até que todos estejam de acordo com a divisão realizada. Esse movimento pode gerar um desgaste psicológico intenso, que só é superado pelo divórcio litigioso.

Havendo o processo judicial não é difícil imaginar que um dos cônjuges, ou ambos, tragam acusações de má-fé, adultério, maus tratos aos filhos, descuido ao patrimônio, acusações morais, crimes e outras que possam desqualificar a outra parte.

Essa atuação prevê obter vantagens na partilha de bens, prestação de alimentos e guarda dos filhos, além de tentar limitar o direito de visitação.

Separação para as crianças

Divórcio litigioso com filho menor

As crianças também mantêm expectativas com relação a seus pais e sofrem com a ausência deles. Qualquer criança, para crescer saudavelmente do ponto de vista psicológico, precisa de estabilidade emocional.

Essa estabilidade emocional é a relação previsível entre expectativa e a emoção que a antecede e sucede. Como um cenário seguro onde já se conhece o fundo e os personagens do palco, inclusive algumas de suas falas e ações.

O relacionamento dos pais pode ir azedando aos poucos ao longo do tempo e as crianças sentem isso. Mesmo que os adultos tentem reservar discussões e outros momentos de tensão para sua intimidade, os filhos sentirão o nervosismo no ar e reagirão a ele.

Vivendo o divórcio junto com os filhos

Para pontuar a separação dos pais é importante que não se tente manter a rotina antiga na nova configuração familiar.

O fim do ciclo da vida dos pais juntos deverá ser, tanto quanto possível, claramente definido por mudanças estáveis.

As crianças se habituarão com duas casas, dois lares, a casa do pai e a casa da mãe- num exemplo de modelo familiar mais tradicional.

As visitas em cada um desses novos espaços devem ser definidas e estáveis.

Os genitores deverão ser estáveis e firmes na decisão da separação. Quanto maior a estabilidade que promoverem, mais contribuições darão aos filhos com respeito a sua resiliência futura diante de outros tipos de separações nas suas vidas.

Os filhos poderão ser adultos mais saudáveis sem cair em um estado de negação emocional e ambivalência por terem experienciado essa transição dos pais de maneira mais fluida.

Os progenitores têm uma importante responsabilidade em manter a saúde das crianças e evitar a tristeza e relutância em encerrar um ciclo.

Mediação e resolução de conflitos

Um(a) psicólogo(a) pode atuar como mediador(a) para resolução de conflitos entre o casal através da criação de um espaço de escuta e processamento de conteúdos que paulatinamente emergem em encontros entre casal e o(a) profissional, ou de um cônjuge com o(a) terapeuta.

Esse atendimento ocorre em consultório particular ou pode ser institucionalmente constituído.

No universo jurídico, psicólogos e o conhecimento psicológico como um todo são chamados a responder às demandas criadas pelo divórcio litigioso e outras contendas.

A mediação no meio jurídico não é uma técnica substituta da via judicial, mas uma alternativa que tem por objetivo resgatar a responsabilidade das pessoas em conflito tornando a sua resolução realmente mais eficaz, uma vez que busca encontrar uma solução consensual.

Nesse viés, entende-se que quando os envolvidos conseguem ocupar o lugar de responsáveis pelas decisões, a negociação tem mais chances de ser concretizada e vivenciada pelas pessoas.

Psicoterapia para o fim do relacionamento

Como ficar bem depois de um término?

Antes de chegar ao divórcio litigioso e tratar de questões de divisão de bens e outras que afetam a organização prática da sua vida, você pode optar por buscar aconselhamento e ajuda psicológica para melhor refletir sobre si e seu relacionamento.

O intuito de uma terapia de casais, por exemplo, não é “salvar o casamento”, mas ajudar as pessoas envolvidas a se fortalecerem e entenderem sua própria história e decisões que as levaram até aquele momento de pensarem num término.

Pensando no futuro do relacionamento

Pode acontecer de um dos cônjuges desejar manter o relacionamento e o(a) parceiro(a) querer o divórcio.

O desgaste emocional numa relação que se tornou insatisfatória com o tempo, ou que sofreu uma decepção, como uma traição, pede um processo de recuperação pessoal que se relaciona com a personalidade individual de cada um.

Esses são alguns dos motivos que provocam estresse psicológico e que podem contar com apoio profissional para sua superação. Relacionamentos são também ocasiões de aprendizado pessoal.

Lembramos que prolongar disputas jurídicas envolvendo crianças não é uma prova de amor e afeta toda família.

Podemos ajudar você a lidar melhor consigo e com suas decisões no relacionamento que você ainda constrói.

Entre em contato e agende sua consulta conosco.

Referências

PAULINO, Lúcia. Agora tenho duas casas. Arte Plural. 2014.

DE OLIVEIRA MOZZAQUATRO, Caroline et al. Reflexões acerca da demanda atendida por um serviço de psicologia em uma assistência judiciária gratuita. Aletheia, v. 46, p. 159-173, 2015.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.