A hipocondria faz parte dos chamados distúrbios somatoformes (que se relacionam ao corpo e sua percepção) e representam um desafio diagnóstico e terapêutico.¹

A hipocondria faz parte dos chamados distúrbios somatoformes (que se relacionam ao corpo e sua percepção) e representam um desafio diagnóstico e terapêutico.¹

Muitos dos sintomas apresentados estão relacionados a outros quadros de terapêutica mais acessível a medicina atual. Por exemplo, a fibromialgia, a síndrome do intestino irritável ou a fadiga crônica. Eles também compartilham sintomas com vários distúrbios psiquiátricos e têm um alto grau de comorbidade; como transtornos depressivos, ansiosos e relacionados ao álcool.¹ 

A falta de tratamentos biológicos eficazes provoca uma relação terapeuta paciente frustrante por contribuir com algumas performances- embora não propositais-  que reforçam o papel de doente através da solicitação de procedimentos diagnósticos e terapêuticos inadequados, hospitalizações desnecessárias, absenteísmo, etc.²

Para o bom acompanhamento vê-se a importância de diagnósticos confiáveis, tendo em mente as diferentes patologias com sintomas similares que ocorrem na clínica, como transtornos de ansiedade, transtornos depressivos e transtornos somato mórficos.²

Um acompanhamento de qualidade permite focar a hipocondria com suas possíveis ramificações, evitando a deterioração do relacionamento psicoterapêutico.²

Importante lembrar que as pessoas costumam procurar diferentes profissionais de saúde e outros áreas fora da medicina tradicional, promovendo uma desconfiança e desgaste na relação entre terapeuta e paciente que deve ser abordado.¹

Uma vez que o diagnóstico é alcançado, o paciente pode ser atendido com técnicas e tratamento adequado.²

Daí a importância do acolhimento e de um bom diagnóstico para que o acompanhamento do processo psicoterapêutico siga a contento, eficaz em seu planejamento individualizado.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

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1 PAULIN, Luiz Fernando; OLIVEIRA, Tereza Calheiros. Transtornos somatoformes. Rev Bras Med, v. 70, n. 11, 2013.

2 PASTORELLI, Romina Vanesa et al. Trastorno hipocondríaco. Revista psiquiatría. com, v. 15, p. 1-26, 2011.