Skip to main content

Blog


Pequeno guia de tratamento para esquizofrenia

Os profissionais de saúde devem estar voltados para escuta da pessoa atendida, considerando respeitosamente suas crenças, necessidades, conhecimentos e valores para que o planejamento de ações direcionadas à promoção da adesão da mesma ao tratamento seja pautado em fatores intrínsecos à sua realidade.

 

Quanto ao tratamento o uso de fármacos é quase sempre presente quando se lida com a esquizofrenia no universo médico, em especial num momento de surto, de crise. E uma vez controlado o episódio agudo, segue-se o tratamento de manutenção para evitar recaídas ou novas crises¹.

A adesão ao medicamento é um processo complexo influenciado por múltiplas crenças e experiências, e estas assumem um grau de importância diferente para cada paciente.

Apesar do tratamento da esquizofrenia com recurso apenas à farmacoterapia ter sido associado a taxas elevadas de descontinuação, recidivas e persistência de sintomas².

É através da escuta cuidadosa pode-se conhecer os pacientes e familiares para planejar o cuidado.

Neste contexto, surgem novas abordagens complementares no domínio da psicoterapia, e em especial a terapia cognitivo-comportamental (TCC)².

Alguns estudos atribuem à TCC eficácia ligeira a moderada no tratamento de sintomas positivos residuais em doentes com Esquizofrenia crônica².

Mesmo a psicanálise vem contribuindo no tratamento e compreensão da esquizofrenia e das psicoses. Há uma discussão de que muitas vezes, na verdade, o sucesso de muitos tratamentos contemporâneos é medido em termos de quão bem o sujeito psicótico é capaz de ocultar sua psicose, de quão bem consegue se amoldar e corresponder às expectativas alheias³.

O que se discute é que uma teoria psicanalítica da psicose não implica uma psicanálise de sujeitos psicóticos. Mas sim, o auxílio que as reflexões desenvolvidas na pesquisa psicanalítica podem ajudar a pensar os casos clínicos de psicose e a desenvolver estratégias para o trabalho clínico³.

Marisa de Abreu Alves

Psicóloga

CRP 06/29493

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

 

1 LOUZA NETO, Mario R. Manejo clínico do primeiro episódio psicótico. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 22,supl. 1,p. 45-46, Maio 2000.

2 RODRIGUES, Daniela Marta. Esquizofrenia: abordagens terapêuticas não-farmacológicas. Março/2012. Dissertação- Mestrado Integrado em Medicina - Faculdade de Medicina Universidade do Porto.

3 LEADER, Darian. O que é loucura?: Delírio e sanidade na vida cotidiana. Zahar, 2013.

Referência:

NICOLINO, Paula Silva. et al. Esquizofrenia: adesão ao tratamento e crenças sobre o transtorno e terapêutica medicamentosa. Revista da Escola de Enfermagem da USP; 45(3):708-15, 2011.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.