Superar a dor da separação pode ser muito difícil. O final de um tempo, a morte de uma identidade, “esposo(a) de fulano(a)”, essa experiência deixa uma lacuna na história do que “poderia ter sido” mas também traz um convite para a reinvenção.

Superar a dor da separação pode ser muito difícil. O final de um tempo, a morte de uma identidade, “esposo(a) de fulano(a)”, essa experiência deixa uma lacuna na história do que “poderia ter sido” mas também traz um convite para a reinvenção.

Refletir sobre o passado entre os dois: as conquistas, as batalhas, os filhos, projetos e amigos em comum pode ajudar a mostrar a trajetória individual que a pessoa atravessou até chegar a separação e ajudar a fortalecer uma identidade pessoal.

É preciso que se compreenda que a história do que se passou permanece, mesmo que através de novas interpretações, novos olhares e maior maturidade.  As pessoas podem mudar com o tempo, assim como a relação entre elas. E, de um ponto de vista sadio, elas continuarão a mudar, a ressignificar suas vivências, as atualizando com o compasso do tempo.

O relacionamento com a pessoa com quem não se está mais casado(a) mudará, assim como o relacionamento consigo mesmo(a). Haverá, talvez, mais tempo para si, para seus projetos pessoais, para se experimentar em outras situações e ambientes, e ali com outras pessoas.

Lembrar-se de outros momentos de ruptura, de luto, e quais mecanismos foram utilizados então pode ser de grande valia para o novo ajustamento. 

O sentimento de se sentir desajustado(a) pode surgir deve ser questionado, e explorado para que se possa seguir mais inteiro(a) adiante, com os próprios pés, abrindo um novo capítulo na história pessoal de quem se vê de repente “náufrago(a)” da sua história.

E caso o caminho pareça muito nebuloso um psicólogo(a) pode ajudar a superar a dor da separação.

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Marisa de Abreu

Psicóloga

CRP 06/29493