5 Sintomas de Monofobia
Monofobia é o temor de ficar sozinho(a) mesmo que por curtos intervalos de tempo. É um conceito clínico que tem características que o aproxima de transtornos de ansiedade, sendo tratável por profissional de saúde mental. Você ainda não conhece os sintomas de monofobia? Vamos falar um pouco sobre eles.
Monofobia é o temor de ficar sozinho(a) mesmo que por curtos intervalos de tempo. É um conceito clínico que tem características que o aproxima de transtornos de ansiedade, sendo tratável por profissional de saúde mental. Você ainda não conhece os sintomas de monofobia? Vamos falar um pouco sobre eles.
O conceito de monofobia não consta no DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição da Associação Americana de Psiquiatria), portanto podemos olhar para a nomenclatura apenas como conceito clínico.
Enquanto conceito clínico, a monofobia é uma fobia que, como o próprio nome indica, se caracteriza por um medo persistente, irracional e excessivo de ficar sozinho(a).
Tal como acontece com outros tipos de fobias, o medo de estar sozinho também desencadeia diversos sintomas físicos e psicológico.
Não confundir monofobia com a nomofobia, que é o temor intenso (que pode chegar ao pânico) de ficar desconectado e incapacitado de se comunicar por meio de dispositivos móveis e computadores com acesso a internet.
Nomofobia e monofobia são diferentes quadros ligados ao medo e ansiedade que podem estar associados a transtornos de ansiedade e à depressão.
Medo de ficar sozinho
Alguns temores são aparentemente tão difundidos que apenas um nome não é considerado suficiente para designá-los. Por exemplo, o medo de ficar sozinho pode ser denominado autofobia, monofobia, eremofobia, ou isolofobia.
‘Autofobia’, ‘eremofobia’ ou ‘monofobia’ se referem à fobia específica de isolamento, um medo mórbido ou um pavor de estar sozinho ou isolado.
Quem sofre deste medo intenso não precisa estar fisicamente sozinho, mas apenas acreditar que está sendo ignorado ou não amado.
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Diferentes nomes para uma solidão assustadora
A eremofobia pode ser definida como um medo mórbido de estar isolado, enquanto a autofobia pode ser definida como um medo mórbido da solidão ou de si mesmo.
Num primeiro momento a solidão não precisa ser algo negativo, especialmente se considerarmos que “ninguém é uma ilha", totalmente autossuficiente e, portanto, precisa de outras pessoas pelo menos ocasionalmente.
De qualquer modo consideramos que todos precisamos de algum nível de solidão.
Na verdade, a maioria das religiões mundiais encoraja um certo nível de solidão como um pré-requisito válido e saudável para uma exploração e expressão da espiritualidade.
Sintomas de monofobia
Os sintomas de monofobia podem variar significativamente. No entanto, existem alguns sintomas que a maioria das pessoas com essa condição vivencia.
5 sintomas de monofobia que você pode identificar:
Uma intensa apreensão e ansiedade quando se está sozinho ou quando se imagina situações em que se ficaria isolado é um dos indícios mais comuns de que alguém sofre dessa fobia.
Pessoas com essa condição também costumam acreditar que há um desastre iminente esperando para ocorrer sempre que forem deixadas sozinhas.
Por esse motivo, as pessoas com monofobia muitas vezes podem ir a extremos para evitar o isolamento.
No entanto, aqueles com essa condição geralmente não precisam estar em isolamento físico para se sentirem abandonados e podem se sentir isolados mesmo quando estão em uma área lotada ou com um grupo de pessoas.
A manifestação dos sintomas de monofobia difere de pessoa para pessoa, mas estão ligados a sinais de muita ansiedade que podem chegar a uma crise de ansiedade, ou ataque de pânico nos casos mais graves.
A dependência emocional é outro sintoma muito presente, em que a pessoa se acompanhada consegue lidar com tarefas cotidianas e até excepcionais de maneira eficiente.
Isso também implica em manter relacionamentos abusivos ou que em alguma medida não são tão benéficos.
Sintomas físicos como falta de ar, respiração rápida, sudorese, e náuseas.
Os sintomas físicos se parecem com aqueles sentidos durante uma crise de ansiedade.
O efeito não é tão drástico quanto num ataque de pânico, mas da mesma maneira a pessoa pode se sentir impotente diante de uma situação real ou imaginária de solidão.
Pensamentos invasivos sobre catástrofes iminentes se se ficar sozinho(a).
A temática da solidão por ser um medo tão forte povoa a mente da pessoa de tal maneira que em qualquer momento de ócio um devaneio pode se transformar num pesadelo.
A terapia cognitiva comportamental é uma das abordagens utilizadas para lidar com fobias através da mudança de hábitos e pensamentos automáticos.
Ela utiliza ferramentas para mudar a maneira que se processam esses pensamentos e seus conteúdos.
O ideal é que os profissionais e seus pacientes não se fixem nos sintomas de monofobia, ou quaisquer outros, e consigam observar a estrutura psicológica subjacente bem como suas implicações sócio biológicas para chegar a uma compreensão mais profunda sobre o problema pelo qual a pessoa está passando.
Pânico, fobia e ansiedade na monofobia
Transtorno do pânico é considerado uma crise de ansiedade com sintomas físicos similares aos da monofobia e com estreita relação com a agorafobia, que também pode estar presente em quem apresenta sintomas de monofobia.
A relação entre pânico e agorafobia é complexa. Por um lado, nem todas as pessoas que entram em pânico desenvolvem agorafobia, e esse transtorno pode surgir em graus muito variados.
Vários fatores já foram investigados como indicadores potenciais de agorafobia.
Embora a agorafobia tenda a aumentar junto com o histórico de pânico, uma proporção significativa de pessoas tem pânico por muitos anos sem desenvolver limitações agorafóbicas.
A agorafobia também não está relacionada à idade de início ou à frequência do pânico.
Alguns estudos relatam sintomas físicos mais intensos durante ataques de pânico quando há mais agorafobia.
O diagnóstico de transtorno de pânico e agorafobia raramente ocorre isolado.
O medo do medo
O neuroticismo (a propensão a sentir emoções negativas diante de fatores de estresse) é considerado um fator de ordem superior, característico de todos os transtornos de ansiedade, com o medo do medo sendo mais específico do transtorno de pânico.
O construto do “medo do medo” coincide com o construto da sensibilidade à ansiedade, ou com a crença de que a ansiedade e os sintomas associados a ela podem ter consequências físicas, sociais e psicológicas prejudiciais para além de qualquer desconforto físico imediato durante um episódio de ansiedade ou pânico.
A sensibilidade à ansiedade é elevada em quase todos os transtornos de ansiedade, mas é particularmente alta no transtorno de pânico.
Como a monofobia se relaciona estreitamente com transtornos de ansiedade, é importante ficar atento a manifestações extremas como crises de pânico e outros medos que irrompam durante seu dia a dia.
Alcançando uma relação saudável com a solidão
Apesar das muitas formas de contato humano proporcionadas pelas plataformas de mídia social, a solidão e o isolamento social são endêmicos da sociedade contemporânea.
Pessoas que vivenciam problemas de saúde mental correm um risco particular de vivenciar a solidão e o isolamento social com um verniz mais pesado.
Esse grupo deve receber maior atenção e cuidado das pessoas próximas, com uma dose a mais de empatia e compreensão, e se necessário auxílio profissional qualificado.
Você pode entrar em contato conosco e agendar uma avaliação para receber orientação individualizada e profissional para seu caso.
Marisa de Abreu Psicóloga CRP 06/29493
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Referências
BARBER, Chris. Loneliness and mental health. British Journal of Mental Health Nursing, v. 7, n. 5, p. 209-214, 2018.
BARLOW, D. H. (Org). Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos: Tratamento Passo a Passo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.