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Depressão, Distimia e Bipolar

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a depressão afeta cerca de 17% da população. Se considerarmos a distimia, esse índice sobre para 33%.

 

Depressão, Distimia e Transtorno bipolar

depressao bipolarAntigamente o Transtorno Bipolar recebia o nome de PMD, Psicose Maníaco Depressivo. Hoje não se usa mais este termo pois constatou-se que os distúrbios psicóticos não ocorrem em todas as pessoas, ou seja as alucinações não estão presentes em todos os portadores de transtorno bipolar. Considerou-se mais adequado o termo Transtorno Bipolar pois a característica mais marcante deste quadro são as alternâncias entre dois pólos afetivos, um chamado "mania" que se refere ao período onde normalmente surge a eufórica, e o outro de depressão.

A distimia de refere ao "mal humor" continuo. Consider-se um tipo de depressão quando não faz parte da personalidade desta pessoa e foi iniciado em algum momento específico e nunca mais retrocedeu.

A Depressão típica se caracteriza tanto pela tristeza patológica sem causas identificáveis, como pela falta de motivação e animo para realizar até mesmo as tarefas mais básicas do dia a dia.

Esses três tipos de depressão são chamados de transtornos do humor, ou transtornos do afeto, ou seja a forma como cada um vê o mundo.

O psicólogo está intimamente envolvido no tratamento da depressão, distimia e transtorno bipolar. terapia cognitiva comportamental para depressão distimia transtorno bipolar.

Depressão x Tristeza

Não considero depressão momentos de tristeza causado por eventos reconhecidamente estressantes. Por exemplo, se morreu seu cachorrinho e você ficou triste, isso não seria depressão, mas um momento de tristeza. Mas se depois de um ano você ainda estiver sofrendo como se o animal tivesse morrido ontem, aí sim podemos avaliar a possibilidade de um quadro depressivo. Depressão pode ser identificada quando a tristeza se mostra insistente e desproporcional ao fato ocorrido.

Coisas ruins acontecem na vida de todos nós, mas eu percebo que o ser humano, em geral, tem uma boa capacidade de superar.

Estou com depressão? Isso que eu sinto será depressão? É o caso de procurar tratamento? São perguntas frequentes quando temos dificuldades em identificar a natureza de nossa dor interna, até mesmo as pessoas próximas costumam desconsiderar os sentimentos e podem dar conselhos do tipo "isso passa", talvez o desejo de que não haja sofrimento coloque um escudo diante do problema, ou talvez seja o desejo de que sejamos mais fortes.

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Alguns Sintomas da depressão

Cada pessoa manifesta a depressão ao seu modo, estes sintomas listados referem-se aos mais comuns mas não significa que sejam determinantes:

- sentimento contínuo de tristeza

- queda no interesse pelas coisas que sempre foram estimulantes,

- perda da vontade de realizar até mesmo as tarefas básicas

- diminuiu ou aumentou exageradamente o apetite

- o sono está em demasia ou tem falta de sono,

- seus movimentos estão mais lentos que o normal,

- percebe lentidão em andar, falar ou para raciocinar

- sente fadiga, falta de energia,

- deprecia a si mesmo, ex. vive se chamando de burro, de incapaz, de tonto

- sentimentos de culpa exagerados.

- Etc.

Na minha experiencia atendendo pessoas com depressão percebi que existem alguns comportamentos típicos da depressão mas pouco reconhecidos, como é o caso do comportamento agressivo onde a pessoa pode ficar muito irritada com situações as quais normalmente não a incomodariam.

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Os sintomas da depressão também podem aparecer na forma de alterações somáticas, como por exemplo as dores de cabeça, dor de barriga, problemas respiratórios, falta de ar, tontura, perda da libido. É muito comum que o depressivo com sintomas somáticos acabe procurando um médico e não o psicólogo por considerar que a origem de seus problemas estão na mesma área de seus sintomas, ou seja o corpo. Um possível problema seria o fato de que nem sempre o médico diagnostica a depressão, e assim esta pessoa pode passar algum tempo sem trata-la.

Um dos comportamentos típicos da depressão, além dos listados acima, e que muitas vezes há dificuldade em ser identificado como parte da depressão, pode ser a reação desproporcional ao evento. Por exemplo: O marido deixou a tampa do vaso levantada pode ser receber uma reação desproporcional da esposa depressiva.

A apatia também nos fornece dicas sobre a possibilidade de depressão. Por exemplo quando a pessoa vai ao cinema e acha o filme sem graça, vai ao parque e diz que foi muito chato, os amigos o levam para passear ele vai sem a menor vontade, vai para praia com a família e morre de tédio. Isso pode ser depressão. Nem sempre o depressivo sente tristeza. Muitas vezes ele tem a impressão e estar “anestesiado emocionalmente”. isso chama-se anedonia . Em grego significa negação do prazer. É o sentimento de falta de sentimento. Esta sensação faz com que a pessoa não tenha mais o prazer que tinha antes, como estar com os amigos ou com a própria família, fazer esportes ou trabalhar.

A ótica negativa pode causar sofrimento, o mundo parece vazio, a vida parece chata e viver fica muito difícil e muitas vezes pode até ser doloroso. A ótica do medo onde pensamentos de perder o emprego, de ficar pobre, de morrer sozinho, de ficar doente, etc também pode surgir. Pode haver a dificuldade em tomar decisões. A concentração também pode ficar prejudicada. Pegar um livro parece ser impossível porque os olhos passam pelas páginas mas quando chega ao final a pessoa nem sabe o que estava lendo.

A ajuda psicológica ou terapia pode se fazer necessária em casos de depressão distimia ou transtorno bipolar.

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Distimia

A palavra distimia significa “mau humor”. Na distimia não será identificado um momento específico de depressão, mas a presença do mal humor todos os dias, o dia inteiro. Seria um quadro mais brando, mas continuo.

Na depressão típica existem momentos melhores e momentos piores. Na distimia não, apresenta-se um humor continuo.

Pode-se perceber que a pessoa passou a ser pouco sociável, a ficar pouco com amigos e a família. Pode apresentar hábitos rígidos, faz todo dia a mesma coisa, não muda a rotina. Os colegas normalmente dizem que ele é “sério demais” e com o tempo as pessoas começam a achar que esse é o seu jeito mesmo.

A distimia pode ser confundida com o jeito da pessoa ser. As pessoas dizem: “è a personalidade dele”. Se a pessoa muda o comportamento de um momento para outro passa a não considerar as suas próprias idéias, não acreditar nela mesma, não confiar em si mesmo, ficar anti-social, solitário e não achar graça nas coisas pode ser distimia.

Na distimia o sofrimento não é tão arrasador como na depressão, mas pode ser muito debilitante por ser constante.

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Transtorno Bipolar

Psicólogo para tratamento da depressão distimia e transtorno bipolarTranstorno bipolar normalmente é percebido como de crise de exageros. Há períodos nos quais o bipolar pode ter vontade de passar o dia na cama, não comer direito e talvez não tomar banho. Mas em outros momentos ele se transforma, pode ficar falante, expansivo, etc.

Na fase na qual o bipolar está eufórico é até possível se sentir com muita energia, mas normalmente não realiza muita coisa porque não tem concentração. A agitação não permite realizar nada.

A fase agitada chamamos de "mania" ou "euforia". É a fase onde a pessoa começa a fazer compras compulsivas por exemplo, compra tudo o que não precisa, coisas que não tem como pagar.

Na fase da mania o bipolar pode ter comportamentos sexuais que não são da sua natureza colocando-o em grande risco. Algumas vezes pode não ser fácil fazer o diagnóstico do bipolar. Muitas vezes essa fase exaltada só aparece muito tempo depois do quadro de depressão ter iniciado e, quando vem a fase da mania a pessoa pensa que está melhorando. Tem gente que até deixa de fazer o tratamento nessa fase, o que é um erro pois não se trata de uma melhora mas sim de mudança de fase.

Depressão bipolar

Acredito ser a forma de depressão que pode causar mais impacto nas pessoas ao redor, pois a dificuldade de entender o que se passa pode confundir. A falta de estabilidade dos sintomas podem dar a impressão de que não se trata de uma doença, mas sim de uma pessoa "voluntariosa" dificultando que amigos e parentes ajudem na adesão ao tratamento.

Fonte: Vicente E, Caballo - Tratamento Cognitivo Comportamental dos Transtornos Psicológicos 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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