Influências da internet
As relações podem estar menos respeitosas – o mundo virtual permite que alguém encerre uma conversa simplesmente apertando um botão, sem qualquer preocupação com os sentimentos da outra pessoa.
Entrevista cedida para site Minha Vida
Como as mídias sociais nos afetam
As relações podem estar menos respeitosas – o mundo virtual permite que alguém encerre uma conversa simplesmente apertando um botão, sem qualquer preocupação com os sentimentos da outra pessoa. Este comportamento de pouca preocupação com o outro pode contaminar as relações do mundo real.
Algumas pessoas adotam posturas completamente diferentes da vida real?
Psicólogo: A vida virtual permite um tanto de impessoalidade. É o mesmo que acontece com alguns motoristas que não se comportam da mesma forma quando estão frente a frente com outra pessoa – a armadura do carro o deixa mais à vontade para “soltar seus bichos” – da mesma forma a “proteção” do mundo virtual também facilita para que as pessoas façam coisas que a formalidade da vida real não permitiria.
Conflito entre a imagem nas mídias sociais e na vida real pode afetar os relacionamentos
Psicólogo: . Afeta em algumas situações, por exemplo quando as pessoas passam a se comportar na vida real da mesma forma desregrada que se dá o direito de viver no mundo virtual, ou quando criam uma persona na internet que não corresponde a sua verdade.
Tendência de querer mostrar-se excessivamente feliz nas mídias sociais
Psicólogo: Existe uma tendência de expressão emocional mais intensa, tanto de alegria como de angustia. Percebo que a internet pode funcionar uma oportunidade para algumas pessoas terem uma vida que não conseguiram na realidade, por isso existe esta tendencia de mostrar-se muito feliz e realizado. Outro motivo pode ser a necessidade em agradar, pois sabemos que as pessoas felizes podem ser mais desejadas, e na tentativa de ampliar os relacionamentos as pessoas fingem uma felicidade que não é real.
As pessoas costumam sentir inveja no facebook
Psicólogo: Talvez a quantidade de informações seja tamanha que ofereça oportunidade para todos os tipos de sentimentos por parte das pessoas que navegam no facebook. Vejo que as pessoas costumam sentir tudo mais intensamente no face book. As pessoas “amam” tudo e todos mas também “odeiam” tudo e todos quando se expressam na internet. Talvez isso ocorra pela falta de freios que o cara a cara oferece ou pelo medo de não ser ouvido. A inveja pode surgir quando o outro intensificou exageradamente suas vivencias e quem vê acredita que a vida do outro é mais intensa e interessante que a sua.
Os sentimentos negativos podem interferir no relacionamento da pessoa com os outros na vida real
Psicólogo: A pessoa pode considerar que o resto do mundo tem uma vida mais interessante que a sua e passa a intensificar cada ato desregulamente. Alguem já disse que a internet oferece muita informação, mas conhecimento e sabedoria depende de como cada um utiliza esta informação.
Passar mais tempo olhando para o celular do que para as pessoas em volta
Psicólogo: Conheço uma pessoa que conversa mais com cada um de seu convívio pelo telefone do que quando está cara a cara. Como cada celular acaba sendo um computador com toda forma de entretenimento a coisa fica pior. Evitamos isso dando valor ao contato humano e pessoal, mais difícil (pois não dá para desligar clicando um botão) mas muito mais enriquecedor.
Código de “etiqueta” para os smartphones em situações sociais
Psicólogo: De alguma forma as pessoas acabam colocando algumas regras. Hoje já se vê poucas pessoas gritando ao celular em restaurantes, mas conseguem cada vez mais desculpas para ficar olhando o celular durante um jantar e o acompanhante não liga porque também está olhando para seu smartphone. Parece que está criada a etiqueta, eu olho para meu smartphone você olha para o seu e no final ficamos todos felizes. Mas eu pergunto: Será mesmo que estão todos felizes fingindo que estão se relacionando com pessoas quando na realidade estão se relacionando com o que é filtrado na rede social - pois sabemos que na internet as pessoas se colocam como querem ser vistas e não como são de verdade.
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Conferir as mídias sociais a todo momento
Psicólogo: Sai do nível saudável tudo o que promove algum prejuízo. Se o tempo e a hora que a pessoa confere o que acontece no mundo virtual causa algum dano como por exemplo, demissão pois deixou de trabalhar, rompimento de relacionamento pois o outro não admitiu, esta pessoa não está saudável.
Quando o post no facebook não é curtido
Psicólogo: Isso é mesmo interessante. Já vi pessoas deprimidas por não terem o numero de curtidas ou de “amigos” que gostaria ter no facebook, mesmo não pretendendo conversar pessoalmente com qualquer destas pessoas. Será que estamos dando muita importância ao que não tem nenhuma importância?
Postar tudo que acontece nas mídias sociais
Psicólogo: Pode ser até perigoso. Se você não quer ser sequestrado por ter avisado publicamente onde está o tempo todo não faça isso. De toda forma viver uma vida registrada em rede social é imaginar que pode "lapidar a realidade" e postar só que considerar interessante ou o que as quer que as pessoas vejam. Uma hora ela pode se decepcionar ou decepcionar as pessoas quando seu lado humano for visto por inteiro.
Necessidade de mostrar a vida para os outros
Psicólogo: As pessoas sempre gostaram de falar de si mesmas. Havia uma “regrinha” de conquista que orientava para que se conversas sobre o assunto que mais interessava a outra pessoa – que seria ela mesma. Com as mídias sociais as pessoas conseguem facilmente falar de si mesmas o tempo todo e com a grata satisfação de perceber que sempre tem algum interessado.
Excluir e adicionar na rede social as pessoas que você conhece na vida real pode afetar os relacionamentos
Psicólogo: Isso pode ser um problema. Ao excluir alguém de sua rede deveríamos ter o mesmo cuidado que teriamos ao convidar alguém para sair de sua casa. O mesmo para incluir, também o mesmo cuidado para convidar alguém para frequentar sua casa.
Entrevista cedida para o Jornal Metro
Copiar comportamentos da internet
O ser humano busca o conforto e dentro desta busca está o conforto em repetir algo que já foi aceito socialmente. Creio que o sentimento básico neste comportamento é o medo de errar. Ao tentar inovar e buscar seu estilo próprio, mesmo que seja apenas em fotos postadas na internet, há sempre o risco de não ser aprovado ou até mesmo de ser criticado pelas pessoas que virem as fotos. O medo de ser julgado socialmente impulsiona as pessoas a repetirem padrões pré-estabelecidos, ou seja copiar comportamentos da internet.
Postar fotos com poses copiadas de outras pessoas
Considero que possa ser uma características das pessoas mais inseguras, e como os jovens estão em formação, experimentando o mundo e decidindo seus valores, princípios e prioridades podem ser mais inseguros buscam o já aprovado para não se ariscarem em novidades ainda não avaliadas socialmente.
Como essas modinhas, como o "hot dog legs" ou o "beijinho no ombro" surgem
Surge quando uma primeira pessoa se arriscou e lançou seu estilo , este estilo foi logo avaliado e aprovado por um grande numero de pessoas que passam a elogiar e copiar.
Relação entre o verão e o aumento de postagens de fotografias nas redes sociais
O calor nos “chama” para fora de casa. O verão nos convida aos clubes, piscinas, enfim as atividades sociais. O aumento de atividades sociais nos enche de boa energia e vontade de manter esta sensação gostosa, e nada melhor do que registrar em fotos e dividir com o maior numero de pessoas.
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Entrevista cedida para Revista IMS
Tecnologia em exagero - Vida Movel
Smartphones, tablets e outros dispositivos tecnológicos móveis ocupam cada vez mais a rotina pessoal e profissional. O rápido acesso e informação imediata são características positivas, mas, as pessoas tendem a se acomodar com essa facilidade e dar maior prioridade ao mundo virtual, deixando passar despercebidas oportunidades de desenvolverem um vínculo saudável de proximidade que somente a presença e contato físico oferecem.
Como estabelecer um limite para uso da tecnologia
Para estabelecer um limite é preciso em primeiro lugar a consciência de que este limite está sendo necessário, ou seja, perceber que está havendo danos ou prejuízos de qualquer ordem, seja pessoal, social, financeira, etc.
O ideal seria que a própria pessoa monitore a si mesma e identifique o momento no qual é apropriado desligar seus equipamentos, ou seja, quando está usando demais o equipamento e deixando de lado o contato com outras pessoas, ou até mesmo quando está desprezando a presença de pessoas à sua volta para usar seus equipamentos. Caso a compulsão esteja forte demais impedindo o controle espontâneo ele pode usar a própria tecnologia a seu favor como usar o alarme do próprio equipamento avisando-o para desligar. Caso não consiga nem programar seu equipamento para realizar este controle é sinal que se faz necessário uma ajuda profissional. Um psicólogo pode identificar a causa desta compulsão e ajuda-lo no controle.
A tecnologia pode ser saudável
O exagero é que traz prejuízos. Não podemos negar que a relação virtual é um avanço enorme no sentido de contato com outras pessoas. Pensemos numa pessoa há 50 anos atrás que precisou mudar de cidade – as informações chegavam via correio depois de dias que a carta havia sido escrita. Hoje em dia temos o Skype onde vemos e ouvimos na mesma hora nosso ente querido que está longe, percebemos seu tom de voz e sentimos se ele está nos escondendo algo para nos proteger. Isso é saudável. Usar a tecnologia para nos aproximar das pessoas.
Necessidade de estar permanentemente conectável
Devemos olhar para nós mesmos e analisar até o ponto em que esta necessidade vem acompanhada de sentimento de angustia, o medo de não ser encontrado ou de “perder algo”. Vale lembrar que a compulsão por manter-se tanto tempo diante da internet ou de aparelhos é um sintoma que demonstra o quão ansiosa desta pessoa pode estar. Não podemos dizer que os aparelhos causaram esta compulsão, mas esta pessoa usa os aparelhos em sua compulsão.
Como se "desligar"
Caso a pessoa não consiga por ela mesma identificar o exagero e monitorar a si mesma é sinal de que está na hora de procurar uma psicoterapia e entender porque ela considera que não pode ficar longe do trabalho. Será uma insegurança ou pensamentos irracionais quanto a perder o emprego caso não seja “tão dedicada”, será que ela não se sente uma pessoa útil e necessária em sua família e compensa este sentimento sendo hiper útil em seu trabalho? São questões a serem investigadas no amago de cada um e devem ser resolvidas a nível emocional em primeiro lugar para depois haver um resultado comportamental. Ou seja, depois de tratar a causa os sintomas desapareceram, e focar demasiadamente no trabalho a ponto de desprezar a família e lazer é um sintoma de que algo muito forte está acontecendo com esta pessoa.
Uso da web móvel nas empresas
Enquanto ajudar na competência profissional considero benéfico, quando começa a perturbar tanto a produção como a saúde do profissional torna-se maléfica. Como tirar proveito disso sem deixar que os assuntos pessoais invadam o horário de trabalho Com controle e consciência de que cada coisa tem seu lugar e hora.