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Mãe prefere um dos filhos?

A preferência das mães por um determinado filho é algo inconsciente?

Entrevista cedida pela psicologa e neuropsicologa Cleonice Ester Rigamonti de Medeiros CRP 06/89208 à Juliana Falcão (MB Press)

Psicolgo para tratar preferencia mae1- A preferência das mães por um determinado filho é algo inconsciente?

Psicóloga: Na maioria dos casos, é provável que sim, pois uma vez que, socialmente, espera-se que os pais não façam distinção entre os filhos, a mãe, então, inconscientemente, mascara tal comportamento seu. Todavia, em alguns casos o favoritismo pode ser mais intenso, tornando-se consciente.Vale esclarecer que o favoritismo temporário, ou seja, aquele que é compartilhado periodicamente com cada um dos irmãos é o ideal. Pois isso transmite à criança noção de identidade e segurança de que é amada. Esse favoritismo ocorre quando, temporariamente, os pais exercem preferência por um dos filhos. Por exemplo, quando um deles está doente, ou quando presta um concurso, e não é aprovado, ou quando termina um namoro e está sofrendo etc. Nesse caso, quando cessa o motivo, a preferência se desfaz, podendo se manifestar em outro filho, se este carecer, ou ficar neutra, até que surja outro fato que volte a instigar o instinto de proteção.

2 - É possível uma mãe amar e proteger todos os filhos com a mesma intensidade?

Psicóloga: Sim, é possível a mãe amar os filhos igualmente. Quanto a protege-los, faz parte do instinto natural do ser humano de sempre proteger o mais fraco. De forma que, muitas vezes, os pais, achando que determinado filho é mais frágil, menos inteligente ou é portador de alguma doença, acabam dispensando maior cuidado em relação a ele.O que não se deve confundir é amor com afinidade. Às vezes, os pais amam seus filhos com a mesma intensidade, mas têm mais afinidade com um, ou uns, em relação aos demais. E isso pode gerar ideias distorcidas nas pessoas que estão à volta. Por exemplo, a mãe, às vezes, é mais unida àquela filha que conversa mais com ela e lhe dá mais liberdade para fazer parte de sua vida, enquanto que a outra pode ser mais tímida, quieta, e acaba não sendo tão amiga da mãe, mas isso não significa que a mãe não a ama da mesma forma que ama a outra, ela apenas tem mais afinidade com uma das filhas. Porém quem vê de fora, entende que a mãe ama mais a outra filha.

3 - Existe um critério de escolha (o mais novo, o mais frágil...) para esta proteção?

Psicóloga: O que acontece é que muitas vezes os pais acabam se identificando mais com um determinado filho o qual os pais consideram ser mais fácil de lidar (o mais brincalhão ou aquele que eventualmente apresenta algum problema de saúde, que pode dar mais problemas na escola etc). E geralmente o filho que tem personalidade mais marcante acaba sendo deixado meio de lado.

4 - Normalmente os filhos percebem essa diferença de tratamento? Como a mãe deve lidar com isso?

Psicóloga: Além desses filhos não preferidos perceberem, outras pessoas do convívio familiar também acabam percebendo. Quando isso ocorre, a mãe deve buscar o equilíbrio e o bom senso, que é o ideal na execução de seu papel de cuidadora. Nem a escassez, nem o excesso, para que a evolução, em todas as fases do crescimento, não fique comprometida. Agindo assim, ela (mãe) proporcionará aos seus descendentes um desenvolvimento salutar. Os pais que não conseguem estabelecer um relacionamento adequado com seus filhos, que seria tratar os desiguais com igualdade, devem procurar ajuda de um profissional, de forma a evitar o sofrimento daqueles que se sentem menos favoritos.

5 - Essa diferença de proteção e atenção muda a relação entre os filhos?

Psicóloga: Quando um filho se sente preterido pela mãe acirra-se a rivalidade entre os irmãos e isso pode levá-los a ser inimigos irreconciliáveis. Não é incomum ver-se isso acontecer.A preferência, na maioria das vezes, acaba gerando protecionismo, que, por sua vez, termina causando um mal muito grande ao superprotegido. As pessoas que crescem sob superproteção tem mais dificuldade em criar uma identidade, em obedecer regras, tornam-se medrosas, inseguras, sem coragem para lutar e vencer as adversidades que o mundo lhes oferecem. Já o filho menos favorecido, algumas vezes, consegue criar mecanismos de defesa, tais como: independência, perseverança, de tal forma que, ao estabelecer uma meta, insisti em cumpri-la, até conseguir atingir o objetivo, sente-se menos pressionado para alcançar o sucesso; mas também pode acontecer o oposto, tornando-se ele um indivíduo amargurado, com sentimento profundo de rejeição, propenso à depressão, etc.

6 - Quais as conseqüências sofridas pelo filho menos protegido?

Psicóloga: Além do que já foi dito anteriormente, sejam quais forem as razões que levaram os pais a proteger mais um filho do que o outro, o fato pode culminar num distúrbio emocional tanto para um quanto para o outro lado: um se sente fora do contexto, pela falta de amor, fica revoltado; o outro sofre um desajuste, pelo excesso, podendo leva-lo a uma dependência emocional, a uma personalidade mais fragilizada, de tal forma que não consegue dar continuidade às metas estabelecidas, sente-se incapaz, é instável no emprego etc. Além disso, o filho mais protegido, às vezes, pode se sentir responsável por trazer mérito aos pais, por faze-los felizes, e quando ele não consegue cumprir exatamente aquilo que os pais esperavam dele, acaba se sentindo mal, infeliz e impotente.

7 - E o filho mais protegido, costuma tirar proveito disso?

Psicóloga: Temporariamente, o filho predileto pode se beneficiar do tratamento especial, porem, isso pode contribuir num futuro mais próximo em desajustes emocionais, na construção de uma personalidade mais fragilizada, tornando-se uma pessoa mais vulnerável, dependente, insegura, afinal ele sempre pôde contar com uma atenção e ajuda especial em diversos momentos da vida, mesmo quando podia resolver determinados problemas sozinho.

8- Como superar as dificuldades emocionais causadas por ter sido o filho rejeitado?

Psicóloga: A pessoa deve procurar ajuda emocional e psicológica. O psicoterapeuta ajuda a entender se houve mesmo rejeição ou se o que de fato aconteceu foi uma maior sintonia por um de seus irmãos devido a, por exemplo, esta mãe sentir que as fragilidades deste filho “preferido” são parecidas com suas próprias fragilidades.Quando a psicoterapia identificar que de fato houve uma rejeição, que esta pessoa foi preterida por sua própria mãe, iniciará um processo de autoconhecimento a ponto de se identificar os pontos fortes que não puderam ser reforçados pela própria mãe. A pessoa rejeitada se sente absolutamente sem qualquer atrativo físico ou intelectual. Esta percepção distorcida de si mesmo só será refeita com um processo sério de auto conscientização, nada de dizer a esta pessoa “você é maravilhoso”, pois claro que isso parecerá bajulação.O psicólogo acompanhará um verdadeiro processo de reconstrução interna, depercepção do seu verdadeiro “eu”. 

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

IrmaosEntrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para o portal Disney Babble

Diferença de personalidade entre irmãos

- Irmãos que recebem a mesma criação são diferentes e cada qual possui um temperamento e personalidade particular

Comportamentos e formas de pensar são influenciadas por 3 fatores: Genética, ambiente e personalidade.

A genética se refere a características herdadas de um dos pais, ou um dos lados da família. O ambiente se refere a toda influencia recebida em casa, na escola, com os amigos, etc. As vivencias de cada um deixam marcas e as pessoas podem ter comportamentos ao longo de toda sua vida baseado em acontecimentos da primeira infância. Por exemplo, um tio querido pode instalar comportamentos de afeição que serão repetidos por toda uma vida.

Agora a personalidade é algo que é da própria pessoa. Não foi influenciado por nada nem ninguém. Por exemplo: Algumas pessoas são introvertidas apesar dos pais extrovertidos e terem sido criadas recebendo toda oportunidade para se expressar sem julgamentos. São introvertidas devido a sua personalidade.

- Escola e os amigos também interferem

Aspectos do ambiente influenciam muito. Há até alguns estudos que mostram que escola e amigos influenciam mais do que os pais. Talvez isso ocorra devido ao fato de as crianças aprenderem muito mais com exemplos do que com sermões – ou seja, se você quer que seu filho leia mais você deve pegar um livro e ler, funciona mais do que fazer discursos sobre a importância da leitura. Sendo assim, o mundo externo cumpre este papel com mais intensidade, ou seja, as pessoas da escola ou amigos estão sempre em atividades que são observadas pelas crianças.

- Fatores inatos

Existem muitos fatores que nascem com criança, alguns são: a capacidade de sentir empatia pelas pessoas, a introversão ou extroversão, humor, dependência ou independência, facilidade em expressar emoções.

- Diante das diferenças, como os pais devem lidar com os filhos? Aquele que estuda mais pode ser ligeiramente preferido (apesar dos pais amarem os filhos igualmente) do que o que estuda menos, como não fazer essa situação se transformar em problemas de relacionamento familiar?

Não podemos esquecer que o que estuda menos também pode ser o preferido caso um dos pais tenha outros valores que não estudos.

As pessoas são diferentes e os pais podem sentir mais sintonia com certas características dos filhos, mesmo que esta sintonia vá mudando conforme as características vão se mostrando mais acentuadas em cada momento ou vão sendo deixadas de lado conforme os filhos vão se desenvolvendo. Ou seja, é possível que um dos pais adore o que um dos filhos está fazendo agora, mas no mês que vem pode adorar o que o outro está fazendo. Isto é fato e os pais devem tem em mente que todas as características podem ter seu valor. Os filhos devem ser respeitados, cada qual em sua individualidade e incentivados a melhorarem cada vez mais. Não devemos pensar que todos somos iguais, não somos , mas é importante sabe que mesmo características de personalidade não são imutáveis, Todos podemos desenvolver mais extroversão, empatia ou outra característica.

Um ponto a ser destacado é que muitas vezes os pais dão a impressão de gostar mais de um dos filhos quando na verdade se identificam um pouco mais com as características deste filho, o que não significa amor, ou pode dedicar mais tempo ao filho que apresenta mais fragilidades naquele momento dando a impressão, principalmente aos irmãos, que este pai ou mãe goste mais daquele filho. 

Namorado da maeEntrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para o portal Daqui Dali

Novo namorado da mãe

Quando o filho não gosta do novo namorado da mãe

1: Esse "não gostar" pode ser mais do que aparenta, como ciumes ou outro motivo de cunho emocional?

Psicóloga: Normalmente sim. Ninguém gosta ou deixa de gostar de algo que ainda não conhece. Se uma pessoa diz que não gosta de graviola sem ainda ter colocado a fruta na boca com certeza está associando a imagem desta fruta com outra coisa negativa que de alguma forma tem ligação, talvez já tenha provado alguma novidade e o sabor não agradou. Sendo assim, falar que não gosta do novo namorado da mãe deve estar associado a experiências onde uma pessoa nova na vida da mãe não foi uma experiência positiva e passa a imaginar que este novo namorado será alguém que também trará experiências negativas.

2: Como conversar com a criança sobre o novo namoro? Como introduzir esse assunto e prepará-la para conhecer essa pessoa?

Psicóloga: Da forma mais espontânea possível. Se a mãe tiver postura que demostre que o assunto é sério e grave, ela lerá muito mais estas informações do que as palavras que forem ditas. Deve-se contar que que a mãe está com uma pessoa que está sendo especial em sua vida. Contar as características positivas deste namorado, ele faz esportes, é engraçado, etc.

3: Os filhos realmente não gostaram do namorado da mãe, qual seria a melhor saída para esse problema?

Psicóloga: Pode ser que este namorado tenha mesmo características que sejam desagradáveis para a criança. Sendo assim a 1ª providencia seria ver o que se trata e se for o caso de conversar antes com o namorado para aparar alguma aresta, quem sabe ele foi distante ou não se esforçou para que houvesse sintonia. Mas se o problema for medo de perder a mãe (mais conhecido como ciúmes) a mãe deve deixar muito claro que o amor que ela sente por cada um é especial um pode substituir o outro.

4: Como iniciar uma convivência entre o namorado e as crianças?

Psicóloga: promovendo atividades agradáveis. Passeios, jogos, jantares, etc.

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Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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