Medo de se apaixonar
Mulheres com medo de se apaixonar
Entrevista cedida para o site Bolsa de mulher
Mulheres com medo de se apaixonar
As mulheres que têm medo e não se entregam às paixões geralmente têm esse comportamento por conta de alguma decepção amorosa?
Psicólogo: Nunca devemos descartar o que já fora vivido/sentido, mas nem sempre será em decorrência de alguma decepção amorosa. Talvez sim, tenha ocorrido alguma decepção, mas o quanto essa decepção ainda repercute? O quanto ainda é sentida?
Podemos pensar em motivos diversos como algumas mulheres (falo mulheres, pois é direcionado para mulheres, mas qualquer pessoa pode se encaixar) necessitem se sentir no controle de suas relações e por isso não consigam se lançar na paixão; ou não necessitem de uma paixão; ou não consigam se relacionar; etc.
Mas é interessante se pensar o que se teme no que diz respeito à decepção: se decepcionar com o outro ou consigo mesma?
Em que essa resistência a se apaixonar influencia?
Psicólogo: A pessoa pode deixar de viver com serenidade para experimentar coisas, situações, amores novos.
Mas será que é possível deixar de se apaixonar? De se sentir tocado?
Psicólogo: Algumas pessoas passam a vida sem uma paixão ao menos, outros se apaixonam diariamente, e alguns dizem até que se apaixonam pela mesma pessoa várias vezes. Pode ser que questões internas, ou simplesmente a falta de oportunidade faça uma pessoa não se apaixonar, pode ser que alguns sintam falta mas também considero possível, e viável viver sem paixões mas com amores, ou amor, mas serenos.
Pode ocasionar alguma doença?
Psicólogo:Podemos pensar em alguns casos onde a pessoa poderia se isolar e que o isolamento poderia ocasionar algumas doenças como depressão. Mas não acredito que o simples fato de não haver paixão possa levar a estes quadros com frequência. Talvez mais prejudicial do que a falta de paixão seria a sensação de não se sentir capaz de amar. Outro dia li algo do Leminski:
“Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.”
Paulo Leminski
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Como a mulher pode se livrar dessa insegurança?
Psicólogo: Cada pessoa tem sua necessidade e suas características, mas para alguns pode funcionar o trabalho com sua autoestima, entendendo que pode sim constituir uma vida na qual se valorize e se respeite, sendo consciente de sua situação.
Grande parte das mulheres já parte do princípio de que todos os homens são iguais e não prestam. Você diria que as mulheres não devem pensar assim? Por quê?
Psicólogo:Se faça uma única pergunta: Será que todas as pessoas são iguais?
Qual é o peso do relacionamento amoroso no dia a dia? Ele é necessário para que se tenha uma vida plenamente feliz?
Psicólogo:Não necessariamente, mas pode ser fator importante dependendo do que a pessoa tenha como ideal e queira para sua vida. Existem diversos relacionamentos amorosos que mais trazem “infelicidade” do que “felicidade”. Mas quando o casal faz com que a relação dê certo, ela pode trazer muita felicidade. Por que não tentar? Victor Dalla Nora Araujo – Psicólogo Clínico CRP- 06/104201