Psicoterapia Cognitiva
As palavras cognitiva/cognição se referem à “conhecer”.
A psicoterapia cognitiva estuda a forma como você conhece e reconhece o mundo. Cada elemento é identificado por uma pessoa conforme o que conhece do mundo. Por exemplo, uma pessoa que foi obrigada a ir para o quarto como forma de castigo por ter feito algo errado poderá ter uma percepção bem diferente, mais negativa, deste ambiente do que uma pessoa que teve oportunidade de associar o quarto com um local aconchegante de descanso. Ele passou a conhecer o quarto como um local desagradável. Sendo assim um quarto, por exemplo, não terá o mesmo sentido para todas as pessoas. Cada um tem sua percepção, conforme sua história de vida.
A psicoterapia cognitiva analisa as cognições que trazem prejuízo para a vida atual. O caminho para identificar estas cognições será o caminho inverso, ou seja, a partir dos eventos atuais negativos o psicólogo cognitivo ajudará a reconhecer a cognição disfuncional e orientará para a obtenção de uma nova formulação mais adequada.
Situações onde pode ser aplicada a psicoterapia cognitiva:
- Situações onde haja sofrimento, no avião, por exemplo, sentir um suor escorrendo pelo corpo, a barriga esfria e sente vontade de sair correndo deste local.
Trabalho da psicoterapia cognitiva: O primeiro passo poderia ser identificar quais são os pensamentos que surgem quando o medo parece. Mesmo que estes pensamentos não sejam identificados prontamente com palavras claras há uma “impressão” negativa que invade esta pessoa, por exemplo: “o avião vai cair, vou morrer, não há como um objeto tão pesado ficar suspenso no ar”.
Tendo este material em mãos a psicoterapia cognitiva orienta para que a própria pessoa possa elaborar outras formas de pensar que poderiam ser mais claras e verdadeiras. Pode-se também buscar informações fora da sessão. Pode-se identificar em sua própria história de vida as associações que esta pessoa faz com o avião – já atendi uma pessoa que associava avião com um episódio (que não era mais lembrado, mas foi relembrado na psicoterapia) onde passou muito mal dentro de um carro, e partir daí ele associou toda situação de estar fechado com passar mal. Para que estas novas cognições se tornem “novas verdades sentidas na pele” e não apenas uma informação sem repercussão a psicoterapia cognitiva pode sugerir exercícios onde serão vivenciados a nova cognição. Estes exercícios podem ser feitos por escrito ou podem ser tarefas de aproximação sucessiva para dessensibilização.
- Em outro exemplo, uma pessoa leva uma fechada no transito e sua raiva é levada a níveis elevados.
Trabalho da psicoterapia Cognitiva: primeiro passo poderia ser identificar quais são os pensamentos que lhe passam à mente e lhe desestruturam. Por exemplo: “ninguém tem o direito de passar na minha frente, estas pessoas só pensam em si mesmas, eu sou sempre deixado em segundo plano”. Estes pensamentos nem sempre são fáceis de identificar, muitas vezes a única coisa que a pessoa consegue é saber que isso a deixa louca de raiva. É neste momento que o psicólogo cognitivo deve aplicar toda sua bagagem e ajuda-lo a identificar os pensamentos mais profundos e difíceis de reconhecer. Estes pensamentos oferecem uma quantidade enorme de informação sobre esta pessoa, pois as interpretações que cada um faz dos eventos do dia a dia tem tudo a ver com suas experiências anteriores de vida e seus conteúdos internos.
O segundo passo é fazer a reestruturação cognitiva, onde estes pensamentos são transformados em algo mais funcional e adequado as necessidades. Muitas vezes o caminho será de volta a experiências anteriores e uma reestruturação não apenas das cognições atuais mas das cognições originais, onde a problemática foi instalada.
Referencia: Terapia Cognitiva. Judith S. Beck
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