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7 Sintomas de Transtorno Dissociativo de Identidade

Reconheça Os Sintomas De Transtorno Dissociativo de Identidade e Como Pode Ser Diagnosticado

O transtorno dissociativo de identidade (TDI), anteriormente conhecido como transtorno de personalidade múltipla, é uma condição complexa caracterizada por uma desintegração da identidade. Em vez de uma experiência contínua de si, a pessoa com TDI vive uma desintegração do self, com diferentes estados de consciência, memória, afeto e comportamento que podem se manifestar de forma descontínua. Essa cisão interna costuma estar ligada a traumas intensos na infância, como abusos físicos, emocionais ou sexuais. Nesses casos, a dissociação atua como um mecanismo de proteção, permitindo à mente suportar a dor psíquica ao separar experiências intoleráveis da consciência principal. 

Embora o TDI seja um transtorno grave, ele é tratável, especialmente por meio da psicoterapia. A identificação precoce dos sinais e o acompanhamento com profissionais especializados aumentam significativamente as chances de promover maior estabilidade emocional e reintegração da identidade. 

Neste artigo, você vai entender como identificar o transtorno dissociativo de identidade, seus sintomas mais comuns, como ocorre o diagnóstico, de que forma a pessoa costuma agir e quais são as possibilidades de tratamento — sempre com uma abordagem ética, acessível e livre de estigmas.

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Como identificar Transtorno Dissociativo de identidade?

Reconhecer o transtorno dissociativo de identidade (TDI) pode ser desafiador, já que seus sintomas muitas vezes se assemelham aos de outras condições psicológicas, como esquizofrenia, transtorno borderline ou transtorno afetivo bipolar. No entanto, existem manifestações específicas que podem indicar a presença do TDI e que merecem atenção cuidadosa para um diagnóstico efetivo.

O diagnóstico deve ser realizado exclusivamente por profissionais de saúde mental capacitados, com conhecimento especializado em transtornos dissociativos. A avaliação inclui entrevistas clínicas detalhadas e o uso de instrumentos específicos, sempre considerando e descartando outras possíveis causas para os sintomas apresentados.

A seguir, entenda quais são os principais sintomas do Transtorno Dissociativo de Identidade e como eles costumam se manifestar:

Quais são os sintomas da TDI?

Os sintomas do Transtorno Dissociativo de Identidade podem variar de pessoa para pessoa, tanto em intensidade quanto em frequência. Ainda assim, existem pelo menos sete manifestações principais que costumam estar presentes em grande parte dos casos e ajudam na identificação do quadro clínico.

1) Desintegração da Personalidade

A desintegração da personalidade é o núcleo do Transtorno Dissociativo de Identidade. Em vez de uma identidade contínua, a pessoa vive partes de si de forma não integrada, como se emoções, comportamentos, memórias e traços pessoais estivessem desconectados. Com o tempo, essas partes funcionam de forma relativamente autônoma, o que leva a mudanças repentinas na forma de agir, sentir ou se expressar, como se fossem “mundos internos” diferentes. 

2) Lapsos de memória (amnésia dissociativa)

É comum que a pessoa vivencie apagões ou lacunas na memória, como se não se lembrasse de partes do dia ou de ações que realizou. Ela pode esquecer conversas, compromissos ou até acontecimentos significativos, como se certas experiências não pertencessem à sua própria história. Esses lapsos podem durar minutos, horas ou, em casos mais graves, dias.

3) Mudanças bruscas de comportamento

Um dos principais indícios do TDI é a percepção de comportamentos muito diferentes entre si, como se a pessoa passasse por “mudanças” abruptas. Essas alterações podem envolver a forma de falar, postura corporal, preferências, reações emocionais e até lembranças, refletindo uma dificuldade de manter uma continuidade interna e estável da própria identidade.

4) Despersonalização e desrealização

Momentos de desconexão com o próprio corpo ou com a realidade ao redor também são frequentes. A pessoa pode sentir como se estivesse assistindo à própria vida de fora, ou como se o mundo estivesse irreal, distante, parecido com um sonho. Essas experiências são angustiantes e refletem a fragmentação interna do sentido de existência.

5) Vozes internas

Alguns indivíduos relatam escutar vozes internas que discutem entre si, oferecem opiniões diferentes ou fazem comentários. Apesar de parecerem externas, essas vozes não são alucinações no sentido psicótico, mas sim manifestações internas dissociadas, que expressam diferentes partes desconectadas da consciência da pessoa.

6) Dificuldades emocionais e relacionais

A instabilidade emocional é comum e pode incluir episódios intensos de tristeza, raiva, medo, ansiedade e sentimentos de vazio. Muitos relatam dificuldade em manter relacionamentos próximos, seja pela oscilação emocional, seja pela sensação constante de não serem compreendidos. Comportamentos autodestrutivos, como automutilação e ideação suicida, também podem ocorrer.

7) Perda Identidade Pessoal

A pessoa pode ter dificuldade em formar uma ideia coerente de si mesma. Há uma sensação constante de confusão sobre suas crenças, valores, preferências e até mesmo lembranças. Essa perda de coesão gera um sentimento profundo de insegurança e instabilidade quanto à própria identidade.

Reconhecer esses sintomas é essencial para compreender a complexidade e a gravidade do Transtorno Dissociativo de Identidade. Mais do que rótulos, é preciso oferecer um olhar acolhedor, respeitoso e livre de julgamentos para quem convive com essa condição.

Como Diagnosticar TDI?

O diagnóstico do TDI exige um processo cuidadoso, realizado por psicólogos ou psiquiatras com experiência em dissociação. Primeiramente, o profissional realiza uma avaliação clínica aprofundada, investigando histórico de vida, traumas e padrões de comportamento.

Em alguns casos, são usados instrumentos psicológicos padronizados para transtornos dissociativos. O diagnóstico leva em conta os episódios de amnésia, a presença de desintegração da personalidade, vozes internas e outros sintomas dissociativos.

É comum que o diagnóstico leve tempo, especialmente devido à similaridade dos sintomas com outros transtornos psicológicos. Ainda, muitas pessoas com TDI se sentem confusas, envergonhadas ou com medo de serem mal interpretadas. Por isso, o vínculo terapêutico é essencial para que a pessoa se sinta segura e acolhida ao compartilhar sua experiência para que o diagnóstico correto seja realizado.

Transtorno Dissociativo de Identidade tem tratamento?

Sim, o TDI tem tratamento e, apesar de ser um processo geralmente longo, muitas pessoas conseguem alcançar mais estabilidade e qualidade de vida. O tratamento é centrado na psicoterapia, com abordagens que ajudem a integrar as identidades e processar os traumas.

Terapias como a cognitivo-comportamental, terapia do trauma, psicoterapia psicodinâmica e outras abordagens centradas na dissociação são eficazes, especialmente quando conduzidas por profissionais experientes.

Durante a terapia, a pessoa é incentivada a reconhecer e entender suas dissociações, trabalhar memórias traumáticas e desenvolver mecanismos saudáveis para lidar com o estresse. O objetivo não é “eliminar” as identidades, mas alcançar uma forma de convivência e integração funcional.

Medicamentos podem ser usados para tratar sintomas associados, como depressão ou insônia, mas não atuam diretamente sobre o transtorno dissociativo. Por esse motivo, procurar por psicoterapia é fundamental para lidar com os sintomas desse transtorno.

Ainda, o apoio da rede de afeto também é essencial. Um ambiente compreensivo, livre de estigmas, ajuda muito no tratamento.

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Conclusão

O transtorno dissociativo de identidade é uma condição real e profundamente ligada a experiências traumáticas. Seus sintomas não são exageros ou invenções, mas formas que a mente encontra para suportar o insuportável.

Compreender o TDI, seus sinais e o processo de diagnóstico é fundamental para romper com o estigma e promover mais empatia. Quem convive com esse transtorno precisa de escuta, acolhimento e acesso a cuidados adequados — não de julgamentos.

Se você percebe sinais em si ou em alguém próximo, saiba que é possível buscar ajuda e encontrar caminhos de tratamento. O primeiro passo é procurar um profissional especializado.

Informar-se é um ato de cuidado. E se você sente que é hora de olhar para si com mais atenção e apoio, agendar uma consulta de terapia pode ser o começo dessa jornada.Entre em contato e agende uma consulta! 

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.

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