Tenso nervoso
Tensão nervosa é um termo usado pelo senso comum. Normalmente quando alguém sente-se tenso ou nervoso está se referindo ao estresse ou ansiedade.
Muitas vezes as palavras tensão ou nervosismo são utilizadas nas queixas em consultório quando quadros clínicos específicos podem ser identificados, por exemplo:
Agorafobia
Ataque de Pânico
Transtorno de Pânico Sem Agorafobia
Transtorno de Pânico Com Agorafobia
Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico
Fobia Específica
Fobia Social
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Transtorno de Estresse Agudo
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Ansiedade Devido a uma Condição Médica Geral
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância
Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação.
Um profissional da área de saúde como um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar na avaliação e definição do diagnóstico.
Outras vezes não há um diagnóstico tão definido. As tensões do dia a dia podem ser percebidas mesmo que não haja um quadro clinico envolvido, e ainda assim pode-se contar com a ajuda de um psicólogo quando sentir-se muito tenso ou nervoso, ansioso ou estressado.
Muitas vezes podem ser situações momentâneas onde algo inesperado ocorre como por exemplo mudanças. Alterações de rotina pode deixar as pessoas tensas pois costuma envolver alguma incerteza. Mudanças de chefia, de residência, de relacionamento, de escola por exemplo, podem oferecer algum nervosismo. Não saber exatamente qual será o próximo passo pode facilitar que pensamentos derrotistas invadam o pensamento.
Mas pode haver momentos nas quais a causa da tensão pode não ser identificada, apenas uma apreensão, uma sensação ruim indefinida. Em casos assim creio que vale a pena investigar se está ocorrendo algo internamente. Pensamentos fugazes podem não ser percebidos facilmente mas podem interferir no estado de humor. Talvez sejam lembranças evocadas por estímulos não identificados do dia a dia, algo que alguém disse ou algo visto pode levar nossa mente à experiências desagradáveis sem ao menos percebermos.
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Há quem diga de devemos “deixar para lá e tocar a vida”. Considero conselho interessante mas acredito que o grande pulo do gato seria: como? Infelizmente nem sempre conseguimos simplesmente parar de pensar em algo para que este assunto pare de nos atormentar, mesmo porque nem sempre o que nos atormenta é o que pensamos que estaria a nos incomodar. Somos mais complexos do que isso. Podemos imaginar que, por exemplo, o motorista que fez uma manobra arrisca no transito nos deixou muito tensos, nervosos, com muita raiva mesmo, quando na verdade podemos estar deslocando nossa verdadeira frustração para este motorista.
Podemos sim trabalhar no sentido de amenizar as tensões, mas acredito que o caminho mais sólido será sempre o que ajuda tanto a busca na identificação da raiz do problema como o que oferece oportunidade de trabalhar novas formas de lidar com os obstáculos e dificuldades encontradas.
Referencia
DSM IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed