Vaginismo
Há casos de vaginismo devido a alguma condição médica como por exemplo
Há casos de vaginismo devido a alguma condição médica como por exemplo infecção vaginal, mas neste texto tratarei do vaginismo de ordem psicológica ou emocional, pois o médico poderá orientar quando se tratar de origem puramente fisiológica ou recomendar o acompanhamento também do psicólogo quando perceber necessidade de avaliar componentes emocionais associados ao vaginismo.
O vaginismo é caracterizado pela contração involuntária dos músculos que pertencem a região genital de forma a impedir ou tornar doloroso a penetração tanto do ato sexual como de exames ginecológicos.
Em algumas mulheres até mesmo a expectativa de penetração pode causar espasmo, e nestes casos pode ficar mais claro o quanto há de envolvimento do aspecto emocional, pois a previsão de penetração trata-se ainda da ideia, do pensamento e consequentemente das emoções associadas ao que imagina-se que virá a seguir. Estes pensamentos podem incluir temores e numa tentativa automática, e muitas vezes inconscientes, de defesa o corpo reage de forma a tentar impedir o que poderia ser algo doloroso emocionalmente para esta mulher.
O psicólogo poderá atuar tanto no sentido de identificar a possibilidade de algum trauma associado a este transtorno como no sentido de buscar meios de reduzir a ansiedade.
É possível que experiências anteriores possam ter marcado esta mulher de forma a rejeitar penetração. Situações vividas onde ela possa ter visto, ouvido, presenciado ou passado pessoalmente por situações podem ter sido fortes o suficientes para que o vaginismo ocorra. O vaginismo é encontrado em mulheres que sofreram abusos ou traumas sexuais.
É possível que a mulher com vaginismo ainda sinta, desejo, prazer e capacidade de orgasmos contato que não haja penetração.
O vaginismo pode limitar relacionamentos sexuais de forma a prejudicar relacionamentos existentes ou impedir desenvolvimento de novos relacionamentos.
Há situações onde o vaginismo ocorre em paralelo a falta de desejo e capacidade de atingir orgasmo. Em outros casos a mulher percebe que a contração vaginal ocorreu de forma diferente conforme houve troca de parceiro sexual. Todas estas situações podem fornecer amplo material para ser analisado em psicoterapia.
Algumas mulheres apresentam o vaginismo durante o ato sexual, mas não durante exames ginecológicos. Nestes casos o psicólogo pode analisar o significado da penetração quando há desejo sexual envolvido em contrapartida da penetração para finalidades médicas.
A psicoterapia pode ser realizada individualmente ou na forma de terapia de casal, conforme o que for avaliado pelo psicólogo que poderia surtir melhor resultado ou que poderia ser mais adequado devido a situação de cada pessoa ou relacionamento.
Referencia DSM IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4º Ed
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