Vulnerabilidades
Vulnerabilidades se refere as dificuldades internas vivenciadas ao longo da vida.
Algumas vulnerabilidades existem desde o nascimento, outras são dificuldades emocionais que aparecem durante a vida e se desenvolvem conforme a pessoa absorve crenças irracionais ou passa por experiencias ruins e desilusões.
Independente de serem genéticas ou adquiridas, pode ser possível aliviar essas vulnerabilidades emocionais e criar maior resistência para o stress emocional.
A seguir menciono algumas, sem a pretensão de englobar todas as vulnerabilidades possíveis, mas talvez as mais comuns:
Vulnerabilidades
Frustração
Frustração pode ser identificada quando há este tipo de pensamento: “Não suporto quando as coisas não saem do jeito certo, do jeito que eu quero”. A pessoa pode se frustrar quando tem na cabeça tudo determinado como gostaria que as coisas contecessem. No budismo se diz que o caminho para a iluminação seria eliminar o desejo. Eu não sou budista, mas creio que é isto a que se refere: quanto mais desejos, mais inflexível poderá ser e sendo assim maior risco de se frustrar. Quanto mais você dizer “Se não for desse jeito, eu não quero nada” mais risco de entrar em sofrimento emocional .
Pressa
Você percebe que uma pessoa é apressada quando vive dizendo “Não me faça perder tempo”. Por exemplo aquela pessoa que se não tiver nada para fazer também não aproveita o tempo, não curte seu dia, o sol gostoso ou a lua bonita, mas inventa mais alguma coisa para fazer, porque tem pressa e não pode “perder tempo”.
Solidão
A solidão é um sofrimento para muitas pessoas. Se você sente angustia em ficar sozinho, você pode estar sofrendo de solidão. Estar em solidão pode ser o que você determina que seja, se você determinar que pode ser uma boa companhia para você mesmo, parabéns, pois não está em solidão.
Tédio
“Coisas monótonas repetitivas me deixam chateado”, “Todo relacionamento fica chato depois de um tempo”. Se você é o dono dessas frases então você sofre com o tédio . E aí, o que a gente faz com pessoas assim? Manda ela se meter em esportes radicais, cada vez mais arriscados, cada vez mais caros? Ou percebemos que adrenalina também é vicio! Adrenalina é uma droga endógena, ou seja, seu próprio corpo produz, mas mesmo assim é uma droga que vicia e, como tudo o que é demais faz mal, temos é que pensar no equilíbrio da pessoa como um todo. Considero muito melhor viver sem ter que pular de uma ponte por dia para sentir alguma emoção.
Sobrecarga de Trabalho
Trabalhar demais, assumir mais tarefas do que seria possível, pode ter várias origens: pode ser baixa assertividade , pode ser que você não consegue falar o famoso “não” na hora certa, pode ser expectativas irreais, pode achar que a única forma de ser reconhecido é trabalhando feito uma “mula de carga”, isso até ver outro se dar bem melhor e trabalhando só metade. Ou confundiu as coisas e acha que qualidade de vida é conseguir comprar um monte de coisas que não vai ter tempo para desfrutar?
Ansiedade
Num primeiro momento pode parecer que ansiedade seria algo sem maiores consequencias, mas só de transtornos de ansiedade o código internacional de doenças tem uma lista enorme. Desde o transtorno do stress pós traumático , ansiedade generalizada, síndrome do pânico, etc. Por exemplo a ansiedade pode ser percebida toda vez que você sente angustia quando antecipa que vai acontecer alguma coisa importante. Exemplo: Sente angustia antes de fazer uma prova mesmo estando preparado. Sente angustia em receber pessoas na sua casa, mesmo tendo tudo preparado para isso. Sente angustia quando vai falar com alguém que você considera importante, mesmo que você saiba como se comportar nesse tipo de situação.
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Depressão
Você pode desconfiar de depressão quando fica desanimado só de pensar em enfrentar certas coisas. Quando você sente que não tem energia. Você pode desconfiar que esteja deprimido quando acha que não vale a pena se esforçar pois nada tem graça. Depressão é um dos mais graves sintomas clínicos em psicologia. O trabalho com o paciente depressivo pode incluir a família, alguém em casa pode ser o apoio no processo.
Raiva
Este é outro tema que merece um livro só para ele. Quem tem dificuldade em lidar com a raiva pode ficar a mercê dos outros, por exemplo quando os outros te irritam e você perde o controle. Não ter raiva nenhuma, por incrível que pareça, também pode ser prejudicial, pois seria natural reagir quando nos ofendem.
Preconceitos
Qualquer conclusão que você tira em cima de um aspecto que não está claramente relacionado pode ser preconceito. Ex: Tirar a conclusão de que quem nasceu neste ou naquele lugar é menos inteligente - Isso é preconceito. Porque não há relação lógica de inteligência com local do nascimento, ou chegar a conclusão que “todo mundo quer tirar vantagem de você” também pode ser preconceito. Porque você não conhece todo mundo intimamente, e você conclui isso antes de saber como a pessoa é de verdade.
“Quem teve uma infância ruim nunca será feliz” - é preconceito porque sabemos da influência do ambiente, mas também sabemos que é possível fazer uma reestruturação cognitiva e ser feliz, mesmo tendo tido muitos problemas na infância.
Perfeccionismo
Muita gente sente orgulho em ser perfeccionista . Não sei por que, pois o perfeccionista pode sofrer, e muito por ser assim. Exemplo de comportamento perfeccionista: Revisa tudo o que faz, não se perdoa se sair um errinho. Nem viu o trabalho do outro, mas diz que não está bom. É aquele que acha que só ele sabe fazer as coisas direito. É aquele que não tira férias porque não confia em ninguém para deixar no trabalho.
Aprovação
Quanto sofrimento a gente não vê por ai por conta das pessoas que buscam aprovação : “Tenho que fazer tudo certinho, senão o que vão pensar de mim”. Quanto sapo engolido por medo de abrir a boca e falar coisas que os outros possam não gostar, quanto sofrimento passado porque aprendeu que “menina bonita não faz assim” “menino bonito não reclama”.
Negativismo
É o tal de: “não vai dar certo”. “Pra que sair para procurar emprego se não vou conseguir mesmo”. “Pra que ir para festa se não vou conversar com ninguém interessante mesmo”.
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