Apoio psicológico para obesidade
O acompanhamento de um(a) psicoterapeuta pode melhorar a qualidade de vida e diminuir a probabilidade de recaídas quando nos engajamos num processo terapêutico relacionado a um transtorno que além de feridas emocionais deixa marcas físicas.
De especial relevância é o auxílio profissional prestado para quem sofre com a obesidade.
O corpo, obeso ou não, compreende questões como a autopercepção, a autoexpressão e o autodomínio, que podem ser entendidas como marcas de uma limitação pessoal, estreitamente relacionada com tensões crônicas no corpo¹.
Com relação aos transtornos alimentares e à obesidade os quesitos que parecem estar sempre presentes são imagem corporal e nossa relação com o outro, com a sociedade que nos cerca.
Absorvemos as coisas trazidas pelo mundo ou não? Sentimo-nos queridos pelos outros? Como lidar com a ansiedade de transitar num espaço que não oferece certezas? Como lidamos com o controle (e o exercemos) sobre nós e sobre outras pessoas?
Esses e outros questionamentos, conscientes ou não, podem estar presentes e nos mobilizar para ações que podem não ser do nosso melhor interesse. Sentimentos como culpa, tristeza, medo, raiva, podem atuar de modo destrutivo quando presentes e ignorados.
A ansiedade e a tentativa de dissipar a tensão física e mental correspondentes pode ser um mecanismo ignorado pela pessoa compulsiva, por exemplo. Um(a) psicoterapeuta pode ajudar a desvendar os gatilhos e imagens associadas ao comer, ou ao alimento que provocam essa ação compulsiva.
O desenvolvimento da autoestima, o aprofundamento da compreensão do nosso corpo, e de nossas necessidades fisiológicas relacionadas ao prazer fazem parte, também, do repertório do(a) psicólogo(a). Separar necessidade e prazer em tais atividades, como o comer, pode ser essencial no enfrentamento da obesidade- especialmente daquela construída enquanto reflexo de questões psicológicas.
O(a) psicólogo(a) é também indispensável numa equipe multidisciplinar que lida com um transtorno multifatorial e complexo como a obesidade. Ele(a) pode ajudar na manutenção do equilíbrio do próprio grupo de profissionais e supervisionar a pessoa atendida para evitar recaídas e fortalecê-la individualmente no enfrentamento da obesidade.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
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1 BOGAZ, A. M. M.; TERRUGGI, R. Ressignificando o corpo: uma perspectiva biossistêmica da obesidade. In: CONVENÇÃO BRASIL LATINO AMÉRICA, CONGRESSO BRASILEIRO E ENCONTRO PARANAENSE DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. 1., 4., 9., Foz do Iguaçu. Anais... Centro Reichiano, 2004. CD-ROM. [ISBN-85-87691-12-0]
Referência:
SILVA, B. L.; ALVES, C. M. Anorexia nervosa e bulimia nervosa: diagnóstico e tratamento em uma visão multiprofissional. Revista Mineira de Ciências da Saúde, Patos de Minas, UNIPAM, v. 3, n. 1‐17, 2011.