Bullying, como a Psicologia pode ajudar
Para lidar com o bullying o(a) psicólogo(a) pode- entre outras possibilidades- trabalhar na clínica visando ao fortalecimento interno da pessoa: tanto daquela que sofre, quanto a que pratica as agressões.
Para lidar com o bullying o(a) psicólogo(a) pode- entre outras possibilidades- trabalhar na clínica visando ao fortalecimento interno da pessoa: tanto daquela que sofre, quanto a que pratica as agressões.
De modo geral, se compreende que o(a) agressor(a) vivência dificuldades e impotências que são compensadas nas ações agressivas contra colegas.
Qualquer tipo de intervenção ao bullying deve levar em consideração as dimensões sociais, educacionais, familiares e individuais, partindo do pressuposto de que elas vão se diferenciar dependendo do contexto em que estão inseridas.
Entende-se por bullying um fenômeno que se refere a ações agressivas e gratuitas contra uma mesma vítima, que ocorrem num período prolongado de tempo.¹
Um fator importante na caracterização do bullying é a repetição. Muitas vezes esse tipo de violência é de difícil identificação por acontecer longe de adultos e por não haver denúncias por parte das vítimas devido ao medo de retaliação.²
Outra possibilidade de atuação no enfrentamento do bullying pelo(a) psicólogo(a) é no ambiente escolar/educacional e que deve estar ancorada em uma proposta de caráter preventivo que tenta compreender, analisar e intervir na realidade escolar, considerando a especificidade de cada instituição.³
Uma recente pesquisa salienta como o ambiente e organização familiar e a maneira como seus membros se relacionam- em termos de comportamento, sentimentos e afetos- oferecem ou não oportunidades para a construção de habilidades e respostas sociais: fatores que podem diminuir a vulnerabilidade em relação ao fenômeno do bullying.4
O primeiro passo para a prevenção é a conscientização do problema, a percepção e aceitação de que o bullying não é brincadeira entre crianças e jovens, mas sim uma forma de violência, causadora de profundas dores físicas e emocionais.
Tal conscientização deve abarcar a clareza das dimensões sociais, educacionais, familiares e individuais do bullying, afastando-se da concepção de que se trata de um problema entre o agressor e agredido.
Conhecer melhor a si mesmo(a) pode ser o caminho para o bem-estar. Afinal, quem está bem não costuma machucar, nem aos outros e nem a si mesmo. E se fortalecer pode ajudar a vítima das agressões a procurar ajuda dos responsáveis institucionais pela disciplina local e também criar estratégias de defesa própria.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
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Referências:
FREIRE, Alane Novais et al. A contribuição da psicologia escolar na prevenção e no enfrentamento do Bullying. 2012.
1 Fante, C. (2008a). Brincadeiras perversas. Viver Mente e Cérebro, ano XV, 181, 74-79.
2 Derbabieux, E. (2002). Cientistas, políticos e violência: rumo a uma comunidade científica europeia para lidar com a violência nas escolas? Em E. Debarbieux & C. Blaya (Orgs.), Violência nas escolas: dez abordagens europeias. Brasília: UNESCO.
3 Marinho-Araujo, C. M., & Almeida, S. F. C. de. (2008). Psicologia Escolar: construção e consolidação da identidade profissional (2a ed.). Campinas, SP: Alínea.
4 DE OLIVEIRA, Wanderlei Abadio et al . Revisão sistemática sobre bullying e família: uma análise a partir dos sistemas bioecológicos. Rev. salud pública, Bogotá , v. 20, n. 3, p. 396-403, June 2018 .
5 FANTE C. Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência Nas Escolas e Educar Para a Paz. 6a ed. São Paulo. Versus Editora, 2011.