Imaturidade
Em psicologia o termo imaturidade costuma se referir às crianças considerando o momento de prontidão para cada fase.
Imaturidade emocional
Em psicologia o termo imaturidade costuma se referir às crianças considerando o momento de prontidão para cada fase.
Mas vejo que é comum as pessoas usarem o termo “imaturo” quando um adulto apresenta comportamentos aos quais esperava-se que não manifestasse mais.
Alguns comportamentos típicos da infância podem continuar se manifestando em fases adultas.
-Seria desejável que não apresentássemos nenhum comportamento típico infantil?
Talvez a resposta para isto seria melhor formulada se identificássemos a qual comportamento nos referimos. Por exemplo, alguns adultos tem muita facilidade em sentar no chão para brincar com crianças ou animais, rir de forma solta e gostosa, fazer brincadeiras gentis, colocar expressões em seu rosto que demostram doçura e que poderiam muito facilmente ser identificadas em rostos de crianças, etc. Podemos considerar negativo este tipo de comportamento? Acredito se levarmos esta parte da infância para o longo da vida podemos ser beneficiados com uma leveza bem interessante.
Imaturidade negativa
Não creio que exista “oficialmente” o termo imaturidade negativa mas considerei que reflete o tipo de imaturidade condenada pelas pessoas de forma geral.
Costuma haver expectativas em relação às atitudes que tomamos conforme nos tornamos adultos. Algumas ações como por exemplo reclamar do que não pode ser alterado, pode ser uma dos objetos de cobrança por parte das pessoas que convivem com adultos e, em algumas situações a própria pessoa percebe que seria mais interessante não apresentar tal comportamento pois, é comum passarmos por situações negativas que não são de nosso desejo e não temos influencia para mudarmos a tal situação. O foco em reclamar pode fazer com que a pessoa priorize apenas o lamenta-se e o sentimento de vítima deixando de lado oportunidades tanto em crescer com a situação como em procurar outras formas de lidar com os obstáculos. As pessoas podem considerar imaturidade pelo fato de ser característico de crianças o, ainda, não desenvolvimento da capacidade em olhar para o ocorrido de forma mais ampla e encontrar saídas para seus infortúnios.
A falta de comprometimento com atividades adultas como por exemplo a administração de sua vida financeira, relacionamentos estáveis, etc. Também podem ser visto como imaturidade. Espera-se que no decorrer da vida assumamos nossos compromissos em cada fase de forma que a independência vá se desenvolvendo até chegar o momento de ser responsável também por outras pessoas. Portanto pessoas que esperaram que, por um longo período de sua vida, haja alguém que a proteja e cuide de seus interesses costuma ser vista como imatura.
Impulsividade
O controle dos impulsos também é algo que pode ser desenvolvido com o amadurecimento. Crianças costumam pedir doces na hora do almoço, recusam-se a tomar banho pois não querem parar a brincadeira, etc. Um adulto costuma ser visto como imaturo quando prioriza apenas o momento atual agradável, tem dificuldade em adiar o prazer para que possa conseguir um benefício maior a longo prazo, não calcula o preço alto a ser pago, tanto em termos de saúde como em outras esferas, quando não limita consumos e comportamentos. “Eu quero, e quero agora, não me importa o que isso vai causar a mim ou às outras pessoas”.
Origem da imaturidade emocional
Não há regra que possa ser aplicada a todas as pessoas. Cada qual poderá ser avaliado por um psicólogo e identificar o porquê deste comportamento ainda imaturo. Por exemplo, a imaturidade emocional no adulto pode ter sido originada por situações emocionalmente dolorosas e não superadas, por famílias superprotetoras, por falta de oportunidade em treinar novos comportamentos, por características de personalidade, por dificuldade em lidar com outras questões, por carência afetiva, pode ser manifestação de sintomas de quadros clínicos como depressão, etc.
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Referencias
Bjorklund, D. F. (2006). The evolution and function of adult attachment: A comparative and phylogenetic analysis. Journal of Personality and Social Psychology, 89, 731-746.
Jarvis, P. (2006). Rough and Tumble play: Lessons in life. Evolutionary Psychology, 4, 330-346.