Crenças
Crenças, na psicologia cognitiva, se refere aos pensamentos mais centrais a respeito de si mesmo, a respeito dos outros ou sobre o mundo.
Podem ser positivas ou negativas, por exemplo: "eu sou digno" "eu sou incapaz".
As crenças, muito frequentemente, são desenvolvidas durante e infância e no decorrer das vivências são reafirmadas.
As crenças positivas podem ser mantidas na maior parte do tempo, mas uma aflição psicológica pode trazer a tona as crenças negativas originadas em algum momento da infância desta pessoa.
Frequentemente as crenças centrais não são totalmente percebidas até que um terapeuta as identifique através da investigação quanto ao sentido dos pensamentos deste paciente.
As crenças centrais negativas (Beck 1964) se encaixam em duas categorias: Associadas ao desamparo e as associadas ao fato de não ser amado.
Muitas vezes as crenças são conclusões desenvolvidas em situações traumáticas. Por exemplo, uma criança que tenha sido espancada por seu pai pode concluir que isto ocorria por ela ser má, e assim mantém a crença ao longo da vida mesmo que na idade adulta perceba que adultos não devem espancar crianças. Muitas vezes a compreensão de que na realidade ela não era má não se faz suficiente para evitar que esta crença interfira atualmente em sua auto estima, pois nem sempre a crença é algo percebido de forma consciente.
Supergeneralização
As crenças negativas costumam ser supergeneralizadas, ou seja, um evento isolado pode ser interpretado como algo global e absolutista, por exemplo: "Fui reprovado no concurso, isso prova que eu sou incompetente". Mesmo que amigos expliquem que o simples fato de ser reprovado em um concurso não faz de alguém um incompetente esta pessoa pode resistir a estas observações, pois mantém uma verdade interna tão forte que seria necessário identificar porque deste pensamento derrotista, ou seja identificar a crença central.
Nosso comportamento
Segundo a psicologia cognitiva, tudo o que fazemos é baseado no que acreditamos, ou seja, baseado em nossas crenças internas. A roupa que escolhemos é baseada no que você acredita, pode ser que acredite ser a roupa adequada, pode ser que acredite que seria a roupa que o faria mais interessante, ou qualquer outra crença pode estar influenciando a simples decisão a respeito de uma roupa.
Funcionamos baseado em nossas crenças internas, nem sempre o raciocínio lógico participa das nossas escolhas, das nossas decisões. Como por exemplo a decisão quanto a qual bairro vai morar pode ser influenciada mais pelas crenças internas do que pela análise fria quanto à localização ou preço do imóvel. Cada crença interna é baseada em nossas representações mentais pessoais. Esta é a nossa forma de ver o mundo, e seria diferente para cada pessoa. Dois irmãos criados juntos têm perspectivas diferentes pois têm aprendizados e experiências diferentes.
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Como identificar uma crença interna?
Um grande sinalizador podem ser os sentimentos. A forma como reagimos e a intensidade de suas emoções dão o caminho para chegar às crenças e que normas internas.
Por exemplo, uma pessoa cuja crença seria de que jamais alguém se interessaria por ela, se considerava tão esquecido pelas pessoas que cada moça que sorria para ele já a pedia em casamento. O sentimento de rejeição pode oferecer dicas referente as crença internas.
As crenças costumam ser incorporadas nos momentos nos quais estamos mais vulneráveis. Quando acontece algo de muito forte, como por exemplo traumas psicológicos, a morte de uma pessoa significativa, uma rejeição muito forte, uma separação do casal, etc.
Uma fase muito significativa, quando uma série de crenças se fixam, seria a infância.
O que é ser "Metacognitivo"?
É a capacidade de pensar sobre nossos pensamentos. Trabalhar para tentar reduzir a possibilidade de sermos refém de pensamentos invasivos, negativos.
Referencia:
Dennis Greenberger, Christine A. Padesky. A mente vencendo o humor. Artmed
Judith S. Beck. Terapia Cognitiva. Artmed