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Acreditar em Papai Noel?

Quando contar a verdade sobre Papai Noel

 

Psicologos para tratar acreditar papai noel

Acreditar em Papai Noel e outras fantasias é importante para o desenvolvimento da criança?

Sim. A fantasia da criança é fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Para a criança tudo é novidade, o real e o irreal ainda não tem uma fronteira definida. Viver um mundo de mil possibilidades é algo que pode enriquecer o raciocínio, a capacidade de criar e de pensar em possibilidades para soluções de problemas.

Geralmente, quando elas começam a abandonar a figura do "bom velhinho"? Isso acontece naturalmente?

Na maioria das vezes sim. A própria criança vai percebendo que algumas coisas não “batem”, pois há muitos papais noeis nos shoppings (qual será o verdadeiro?), ou é um presente que sempre é entregue pelas mãos de um tio mas foi o papai noel que mandou, etc.

Qual a hora dos pais intervirem e contarem que o Papai Noel não existe em carne e osso?

Não creio que seja necessário marcar uma data para esta conversa, cada criança terá o seu momento. A descoberta do que o Papai Noel não existe representa um passo importante na maturidade da criança, e descobrir por si só pode fazer parte deste amadurecimento. O papel dos pais poderia ser o de não insistir em algo que a criança já percebeu, pois ela se sentirá enganada mais tarde. Assim que ela percebeu que o Papai Noel é um amigo da família (ou o próprio pai) que vestiu uma fantasia - ou que se trata de alguém contratado para esta função - está acabado e os pais é que não deveriam ficar frustrados por acharem que os filhos deveriam ter mais um tempinho com esta fantasia.

Quando introduzir o assunto do que realmente é o natal?

Falar sobre o que realmente é o Natal é algo bem particular para cada família. Pois o Natal, a principio é uma festa cristã, mas já contagiou universalmente que vemos pessoas de todas as religiões comemorando. Assim esta festa de final de ano tem um significado bem particular para cada família e desde muito cedo, assim que a criança começar a compreender as palavras já é possível que os pais comecem a introduzir o significado do Natal, seja este significado o nascimento de Cristo, a comemoração de um ano de realizações, a oportunidade de estar em família e comemorar a união de todos, etc.

Contar da maneira errada, ou cedo demais, pode trazer algum tipo de prejuízo para os pequenos?

Se descobrir cedo demais não há problema. Desde que a criança nasceu já se inicia uma série de ideias que vão sendo percebidas como não verdadeiras. Só para você ter uma noção a criança pode acreditar, em algum momento, que o seio da mãe seria uma extensão dela mesma, com o desenvolvimento da visão e dos outros sentidos ela percebe que a mãe é uma pessoa e ela é outra. Muitas crianças acreditam que seus pais são “inquebráveis” mas é só ver o pai morrer de dor ao dar uma topada na mesa que percebem que ele também é frágil.

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Sendo assim, perceber que algo maravilhoso na verdade é algo normal (neste caso o Papai Noel) é algo muito natural.

Mas descobrir da maneira errada talvez possa ficar frustrada por algum tempo. Por exemplo, um amiguinho ou irmão maldoso usou esta informação com o proposito de ferir emocionalmente a criança – sim ela pode ficar chateada, mas em minha experiência nunca recebi um caso de um adulto que mantem um trauma por ter descoberto que Papai Noel não existe.

Mais do que quando, acredito que o como contar costuma causar dúvidas nos pais. Como deve ser essa conversa?

Acredito que esta conversa deva existir caso a criança faça perguntas. Não seria justo mentir, e se ela tem a curiosidade de saber a verdade ela pode ser dita de forma muito tranquila e sem a mensagem implícita de que “isto é terrível”. Os pais devem passar a mensagem de que papai Noel é uma figura que existe nos corações das crianças e mesmo sendo apenas uma ideia, e não uma pessoa em carne e osso, é algo muito gostoso de manter como tradição de Natal.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.