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Compulsão por compras

Pode ser mais comum em mulheres ou em homens conforme o produto adquirido.

 Entrevista cedida - Jornal Agora

- A compulsão em compras é mais comum nas mulheres? Se sim, qual o motivo?

Psicóloga: Pode ser mais comum em mulheres ou em homens conforme o produto adquirido.

Psicologo para tratar compulsão por compras

- Como saber qual é a hora de começar a se preocupar com a compulsão?

Psicóloga: O critério para identificar a patologia é perceber se há prejuízo em alguma área da vida, seja ela financeira, pessoal, social, etc. Por exemplo, está comprando coisas que não pode pagar ou que não terão a menor utilidade? Está deixando de fazer outras atividades saudáveis para fazer compras? Seu armário tem mais coisas do que seria possível armazenar?

- Quais são as principais consequências para quem sofre com o problema?

Psicóloga: Prejuízo financeiro em primeiro lugar, mas também o circulo vicioso de precisar de novas compras para amenizar a ansiedade causada pelas compras desnecessárias anteriores.

- Qual a importância de tratar um assunto como este dentro de uma novela?

Psicóloga: Muito importante devido ao apelo popular das novelas. Usar este meio para informar a população é algo admirável. A novela coloca em discussão e trata um assunto significativo. Muitos transtornos de comportamento são considerados apenas desvios de caráter, como por exemplo o pânico, que já foi considerado “frescura” ou “piripaque” depois que alguns artistas, como o cantor Lobão por exemplo, passaram a falar abertamente sobre suas dificuldades talvez tenha ajudado as pessoas a respeitarem mais esta doença e a trata-la com respeito.

Outro exemplo é o Cantor Roberto Carlos , antes considerado “excêntrico” pelas manias como por exemplo de não usar e nem permitir que usem roupas da cor marrom , agora é visto como portador de TOC, que não é tratado como engraçado e sim respeitado.

Há até pouco tempo atrás não havia diagnóstico para quem tivesse sintomas compulsivos, principalmente quando a compulsão estava dirigida ao ato de comprar. Considerava-se esta pessoa “irresponsável”, sem compreender todo seu sofrimento interno.

O cérebro do compulsivo pode ser considerado como viciado. Toda compulsão oferece, num primeiro momento, um prazer extremo, a sensação de ser recompensado é intensa ao adquirir aquele sapato maravilhoso, aquela bolsa esplendorosa. Mas não é de se estranhar que em pouco tempo todo o maravilhamento da compra se esvai. O tal sapato já não trás mais satisfação alguma, e como o cérebro desta pessoa já “aprendeu” a se satisfazer a traves de compras, a pessoa é impulsionada a repetir o ato de compra. E repete, repete até o cartão de crédito estourar, os empréstimos se acumularem, a família se indispor por completo.

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Entrevista cedida para revista Nova

Compulsão por comprar

- Por que o ato de comprar pode se tornar uma compulsão?

Psicóloga: Porque dá prazer. Tudo o que é prazeroso pode se tornar ato compulsivo. O prazer advindo do ato da compra é uma forma, ineficiente, de trazer paz interior.

- Qual é o perfil dessas pessoas compulsivas?

Psicóloga: Normalmente são pessoas extremamente ansiosas. A depressão costuma surgir como consequência da compulsão e não como causa.

- A compra é uma válvula de escape ou atua como uma questão de status?

Psicóloga: Pode ser uma válvula de escape ou status. Caso a mulher tenha em sua vivencia aprendido que status é algo que deva ser buscado poderá ter mais facilidade para o comportamento compulsivo de comprar , ou seja uma pessoa que também seja muito ansiosa mas não aprendeu em seu meio cultural a dar importância ao status poderá ter outros comportamentos compulsivos, talvez não seja compulsiva por compras, talvez seja compulsiva por limpeza por exemplo.

- Este tipo de problema é maior entre as mulheres?

Psicóloga: Acredito que devido a uma característica cultural as mulheres se entregam mais as compras como forma de suprir necessidades internas. Nossa cultura nos ensina que o homem é quem produz, mas quem providencia o atendimento a família é a mulher e nesta função está incluída o ato de providenciar suprimentos, ou realizar compras.

- Como detectar que uma compra que deveria significar um capricho ou mimo se tornou doença?

Psicóloga: Quando a mulher compra muito mais do que seria possível usar ou pagar, isto é quando a compra deixa de ser decidida racionalmente e passa a ser descontrolada.

- Como lidar com os problemas financeiros que a compulsão por compras acarreta?

Psicóloga: Muitas vezes não há como lidar com os problemas financeiros sem eliminar a compulsão, por mais que a pessoa parcele ou faça empréstimos não vai adiantar pois as compras continuarão. O ideal e cessar trabalhar a compulsão em psicoterapia.

- Como aceitar e amar a vida que se tem sem se prejudicar financeiramente?

Psicóloga: Reconhecendo que o prazer pode vir ao conquistar uma vida equilibrada com muita felicidade interna, aquela que não se compra na loja e se gasta com o tempo.

- Como lidar com a vontade de ter sempre mais?

Psicóloga: identificando de onde vem e de que seria esta vontade – seria uma vontade de ser aceita? Pode ser que esta pessoa tenha sido muito negligenciada em sua vida e usa as compras para compensar, pode ser que ela tenha dificuldade em fazer amigos a acreditou erroneamente, que se tiver muitos bens seria bem vista socialmente.

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Considero ato compulsivo quando:

- O pensamento compulsivo aparece na mente de forma intrusiva – ou seja, mesmo que a pessoa não queira pensar este pensamento invade sua mente.

- A pessoa tenta neutralizar o pensamento mas não consegue

- Ela se entrega ao ato compulsivo para obter alivio, mas este alivio tem curta duração e logo ela precisa se entregar ao ato novamente

- Há alguma fantasia quanto a algum mal que estaria evitando caso se entregue ao ato compulsivo (evitaria que algo ruim aconteça cada vez que repetir o ato compulsivo) - O ato compulsivo (ex : comprar) causa sofrimento, arrependimento, etc, mas ainda assim a pessoa se sente compelida a repetir.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.