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Inibição

Inibição emocional

Este texto não tratará especificamente da pessoa tímida mas da pessoa inibida e contida com dificuldade em lidar tanto com a expressão de suas emoções positivas e negativas como em lidar com outras pessoas que conseguem exprimir suas emoções de forma espontânea.

Psicologo para tratar inibicaoTímido x Inibido emocionalmente

Uma pessoa tímida pode expressar emoções de forma a conseguir ser carinhosa e cuidadosa com as pessoas, mas o inibido emocionalmente pode exagerar em seu autocontrole pois tem medo de liberar por completo suas emoções e acabar sendo inconveniente ou expor-se demais.

O tímido pode ser visto socialmente com simpatia pois é comum apresentar contato agradável com as pessoas apesar de introvertido, mas o contido emocionalmente pode ser muito mais racional e punitivo com quem manifesta-se de forma diferente da sua, podendo assim ter mais dificuldades sociais que uma pessoa tímida.

Medo de que?

O medo da pessoa que apresenta inibição emocional costuma ser da punição e abandono, pois acredita que se souberem o que sente, suas emoções verdadeiras, não gostarão mais dele. Muitas vezes tenta impedir que outras pessoas também expressem ou manifestem seus sentimentos por considerar inadequado que isto ocorra.

As emoções mais comuns de serem supercontroladas são a raiva, alegria, amor, afeto e excitação sexual.

O inibido emocionalmente pode apresentar rituais e rotinas exageradas, onde talvez se sinta seguro pela repetição do comportamento já avaliado e aprovado por si mesmo.

Pode haver dificuldade de expressar vulnerabilidade, ser racional demais e desconsiderar as próprias necessidades emocionais. Pode ser o tipo de pessoa que todos consideram “forte e durão”, e contem com ele para situações difíceis, o que pode tornar sua vida mais complicada pois ele pode não ter mais resistência que os demais, apenas aparenta ter.

Preocupação com o decoro pode fazê-lo perder oportunidades de diversão, intimidade e espontaneidade. Pode ser comum que tenha valores moralistas onde julga e condena pessoas as considerando levianas quando estão apenas expressando seus sentimentos, pensamentos e emoções.

Origem da inibição

A origem mais comum costuma ser a humilhação quando criança por ter demonstrado suas emoções espontaneamente. Famílias que punem ou inibem as crianças que se expressam podem iniciar inibições emocionais.

Faz parte do aprendizado da criança dominar seus sentimentos e impulsos, inicialmente ela ri e chora onde estiver pelos motivos mais rotineiros, mas com o tempo vai aprendendo a avaliar a intensidade desta expressão assim como o momento e lugar adequado. Mas a pessoa inibida emocionalmente exagera neste auto controle deixando sua naturalidade para trás.

Há a possibilidade de viés cultural, pois algumas culturas valorizam o autocontrole. Um paciente do Dr Jeffrey Young (2003) contou até uma piada para ilustrar: “Já ouviu falar do escandinavo que amava tanto sua mulher que quase disse isso para ela?”.

Com frequência é uma característica familiar onde se considera “feio” demonstrar, falar sobre ou agir conforme seus sentimentos.

Em geral as pessoas inibidas emocionalmente são aparentemente controladas, tristes e reservadas. E como costumam ter muita raiva contida podem ser hostis e ressentidas.

É comum uma pessoa inibida emocionalmente procurar relacionamento com pessoas impulsivas, desinibidas ou intensas, pois sentem-se como se esta pessoa lhe desse “permissão” para ser diferente do que costuma ser, mas muitas vezes as mesmas características que os atraiu acaba sendo o motivo de separação, onde o emotivo despreza o reservado e este desdenha o primeiro.

É comum que o inibido emocionalmente tente humilhar os que expressam seus sentimentos tanto por sentir vergonha alheia como de si mesmo por manifestar emoções normais.

Tratamento

O objetivo pode ser o de ajudar estes pacientes a serem mais expressivos e espontâneos emocionalmente. É possível que o psicólogo ajude a discutir e expressar muitas das emoções que suprime.

Agende sua consulta >> Ligue no (11) 3262-0621 ou clique aqui

Referencia

Jeffrey E. Young, Janet S. Kloslo, Marjorie E. Weishaar. Terapia do esquema . Artmed

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.