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Mania de comparação

Comparação ajuda ou atrapalha?

 Em muitas situações o hábito da comparação pode ser algo bem produtivo, mas em outras a comparação pode provocar o declínio da auto estima.

Situações nas quais pode ser produtivo fazer comparações de si mesmo em relação as outras pessoas:

Quando estiver traçando metas e precisa identificar o que gostaria e o que não gostaria para si mesmo a comparação pode ajudar a perceber ganhos que seriam interessantes - isto motivaria a pessoa a se engajar no processo de busca destas características desejadas.

Situações nas quais não considero útil que se faça comparação de si mesmo com outras pessoas:

Quando o objetivo da comparação for apenas de identificar defeitos em si mesmo e considerar que nunca seria capaz de melhorar ou superar estes defeitos, ou quando a comparação foca apenas o desmerecimento da outra pessoa.

Psicologo para tratar mania comparação

Uma vez me fizeram esta pergunta: “Se tem uma coisa que me deixa muito chateado é ver que todos da minha família tem um excelente emprego, o meu emprego não é nada interessante comparado com eles. O colega que trabalha na sala ao lado já foi promovido, e eu ainda na mesma desde que eu entrei. Nunca tive uma namorada bonitas, nota 10, como outros cara tem. O que posso fazer para ser como as outras pessoas?”

Considero interessante fazer algo que ajude a parar de se comparar. No que estaria ajudando quando você se compara com seus irmãos, se compara com colegas do trabalho, da escola e até no que se refere as namoradas parece que você só paqueraria alguém se ela fosse a nota 10 que você mencionou? eu penso se seria possível alguém atingir essa nota 10. Enquanto você estiver esperando uma miss, ou um príncipe, para se casar você pode não dar chance de conhecer pessoas reais.

Nossa vida pode ser feita de referências, cada decisão pode envolver uma comparação. Por exemplo, para saber se você quer morar no Itaim Paulista ou no Itaim Bibi é preciso levantar as informações de cada lugar, comparar, e então você teria informações para decidir qual local interessa. Mas quando passamos a nos comparar com outras pessoas teremos o risco de entrar em um jogo perdido. Eu penso se esta mania de comparação não seria algo próximo da inveja?

Você já foi comparado pelas outras pessoas? Acredito que sim. Para você entrar no seu emprego é provável que você tenha passado por um processo de seleção onde você foi comparado com os outros candidatos e os melhores entraram, entre eles você!

O problema está nas comparações que envolvem a sua identidade, quem é você, o que você representa no mundo. É possível que para encontrar nossa própria identidade acabemos nos comparando com os outros. Mas são as comparações negativas que podem nos fazer sofrer. Algumas pessoas tem o hábito de só se comparar com quem tem mais dinheiro, mais beleza, mais amigos, mais namoradas. Essa pessoa poderá não dar valor ao que ele tem de melhor ao prestar tanta atenção no que o outro tem de bom.

O autor da pergunta acima nos mostrou que as pessoas costumam se comparar com quem poderia ser concorrente, talvez seja insensato se comparar a um ator famoso de hollywood, pois ele não é concorrente direto. Também podemos nos comparar conosco mesmo. Podemos nos comparar com o que fomos no passado, com o que imaginamos que seria nossa vida.

Comparações podem ter o efeito colateral de rejeitar pessoas que teriam afinidade conosco, mas esta pessoa estará muito longe do ideal imaginário e impossível de atingir. Às vezes você pode rejeitar pessoas que poderiam ser legais, mas se você as compara com alguém que não está mais em sua vida, uma ex namorada por exemplo poderá perder oportunidades. Pense nisso, Já viram pessoas que não admitem homens que não sejam tão bons quanto seus pais foram, ou quanto seus ex-maridos foram, ou quanto seus ex-noivos foram. Isso pode ser auto-boicote. Você pode estar tirando da sua frente pessoas interessantes.

Quando são os outros que fazem comparações a seu respeito pode provocar raiva, por exemplo “Nossa, você tinha um cargo acima do meu e agora está por baixo?”. “Nossa sua irmã bem mais nova conseguiu casar antes de você?” Nestas situações eu considero útil identificar se a pessoa faz isso por ingenuidade ou por maldade. Não vá considerando maldade antes de fazer uma boa avaliação desta pessoa. Perceba também se a pessoa tem, na realidade, a intenção de te motivar. Ela pode estar te mostrando que se o outro conseguiu você também consegue. Analise, flexione seu pensamento. Se dê o direito de pensar coisas diferentes que vem pensando ultimamente. Como você tem se comportando diante de comparações – as que você mesmo faz e as que os outros fazem contigo? Você se sente mais motivado para ser uma pessoa melhor ou se sente derrotado? Ex: Se quer emagrecer você olha a foto da Gisele Bündchen e fica animada para começar o regime ou pensa em como é impossível ser como ela? Se você quer comprar um carro novo e vê seu vizinho chegando com um carrão lindo você pensa “Olha que beleza, Vou fazer de tudo para ter um desses” ou pensa “quem ele pensa que é com esse carro esnobe”?

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Quem sofre com as comparações pode desistir de tentar pois tem certeza (erroneamente) de que não vai conseguir, você pensa: “eu sou mais alto, mais gordo, mais loiro, mais moreno, não vou conseguir“. Ou seja, você pode arrumar desculpas para não fazer nada. Você pode desistir sem tentar o suficiente.

Outra reação à comparação que não costuma trazer bons resultados seria ridicularizar os outros. Se você desmerece a opinião do outro pode perder oportunidades de avaliar melhor o que está sendo dito e aprender mais sobre si mesmo e sobre as pessoas.

Faça uma análise e veja com quem você está se comparando. Você está se comparando a respeito de algo que você tem certeza ou sobre alguma coisa que você imagina? Ex: Você acha seu casamento uma coisa horrorosa porque sua vizinha vive de braço dado com o marido. Será que eles são mesmos felizes ou o marido está é segurando porque é um controlador? Você acha sua carreira um horror porque seu colega já teve uma promoção, mas será que ele tem vida familiar ou ele trabalho 18 horas por dia e está prestes a ter um enfarto?

Outra pergunta para pensarmos a respeito: quando você se compara a vizinha achando a vida dela uma maravilha porque ela está sempre bem vestida, e você não, será que você não está descartando os seus aspectos positivos. Você é inteligente, tem filhos ótimos, bom planejamento de vida, mas considera que ter boas roupas a faz parecer insignificante?

Quando o outro tem realmente algo que seria muito legal, o que você faz para também conquistar a tal da coisa? Do que você se dispõe a abrir mão para ter o mesmo que o outro tem? Você está disposto a fazer os mesmos sacrifícios que ele? Você se dispõe a ter o trabalho que o outro teve?

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.