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Você não tem namorado?

Algumas pessoas cobram que haja namorados quando ainda não aconteceu esta possibilidade

Psicologo para sem namoradoEntrevista cedida à jornalista Verônica Mambrini para o portal Ig delas

Algumas pessoas cobram que haja namorados quando ainda não aconteceu esta possibilidade

- Há uma faixa etária que esteja mais suscetível a essa cobrança por um namorado?

PSICÓLOGO : Creio que não haja nada muito definido, talvez os piores momentos de auto cobrança podem estar na adolescência, onde a menina acredita que tem obrigação em seguir o que a turma está fazendo. Outra fase poderia ser depois dos 30 anos, pois nossa cultura ainda cobra o tal “relógio biológico” onde não ter namorado significa que está longe o momento de realizar o desejo da família.

- Por que ter um namorado é tão determinante para uma mulher ser vista como bem sucedida?

PSICÓLOGO : Ter um bom emprego pode passar a mensagem apenas de que esta mulher seria uma boa profissional, ser uma ótima atleta pode passar a mensagem de que ela seria dedicada, mas ter um namorado pode passar a mensagem (errônea) de que ela é “mulher” e agora está completa ao lado de sua “cara metade”.

Seria quase um carimbo na testa confirmando a aceitação para a sociedade. Ter namorado pode ser percebido como se a moça tivesse um “selo de qualidade” que demonstra que ela foi desejada ou aprovada por alguém.

- Mesmo se inicialmente a mulher não estiver desconfortável com não ter um namorado, ela pode passar a ficar com a cobrança?

PSICÓLOGO : A mulher que não tem namorado por não aceitar em sua vida qualquer pessoa só para cumprir o papel de namorado, pode ouvir coisas do tipo “nossa você é tão bonita, porque não tem namorado?”. Essa frase tem uma mensagem implícita de que deve haver algo errado com ela. As pessoas não costumam pensar que ela optou por estar só e decidiu que não está na hora ou não encontrou apessoa com que gostaria de compartilhar um namoro.

- É uma cobrança masculina ou só feminina?

PSICÓLOGO : O mesmo pode acontecer com o homem mas para a cultura masculina vejo que pode ser mais comum que ele seja cobrado de forma diferente, talvez em ter muitas mulheres, quando a cobrança que é feita à mulher costuma se referir mais ao fato de ser especial para um homem apenas.

O homem que namora uma só garota, que não paquera outras, que não usa a famigerada frase “estou namorando mas não estou morto” pode ser visto pelos homens – e algumas mulheres também – como uma pessoa um tanto limitada, mas eu penso, seria correto?

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- Mulheres com uma boa autoestima e autoconfiança também estão sujeitas a se sentirem constrangidas?

PSICÓLOGO : Creio que as mulheres com boa autoestima possam ter maior resistência a estes comentários e não se sentir constrangidas, acredito que haja um esforço maior da parte delas em manterem-se fieis ao que sabem ser melhor para si mesmas e não se sentirem mal por estarem sós nem saírem correndo atrás do primeiro que aparecer apenas para cumprir cobranças sociais.

- “Cortar” o papo e deixar claro que o assunto desagrada?

PSICÓLOGO : Pode ser interessante olhar para dentro de si mesma e identificar o porque de estar sem namorado. Sabemos que o ser humano foi feito para viver em grupo e que o namoro e casamento são comportamentos comuns mas será que são obrigatórios? Pode ajudar ter consciência de suas escolhas, está sem namorado porque ainda não identificou alguém que combine contigo? . Está só porque quer dar um “up” na carreira? Sendo assim creio que esta moça conseguiria olhar de frente para aquele que a estiver condenando sabendo que “assim que eu decidir terei o namorado, enquanto isso serei a melhor companhia para mim mesma”. Mas se tiver usando estes argumentos como desculpa e no fundo estiver mesmo com muito interesse em namorar mas não está com dificuldades emocionais para tal, há a possibilidade de procurar um profissional, alguém que possa ajudar a vencer os possíveis obstáculos.

Consulte um psicólogo
Marisa de Abreu Alves | Psicóloga CRP 06/29493

*O material deste site é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo.